Começou hoje o V Encontro Internacional Poesia a Sul, uma organização do Município de Olhão apoiada pelo programa 365 Algarve e que decorre até dia 27 com poetas oriundos de vários países.
Nos próximos dias o Poesia a Sul oferece mais de meia centena de propostas, entre apresentações de livros, recitais, palestras, declamações de poesia, sessões de cinema, espetáculos musicais, conversas com alguns dos melhores poetas da atualidade a nível mundial ou passeios na Ria Formosa.
A inauguração desta quinta edição, teve lugar ao final da tarde em frente à Biblioteca Municipal José Mariano Gago, onde estiveram presentes Anabela Afonso, Comissária do 365 Algarve, Adriana Freire Nogueira, Diretora Regional de Cultura do Algarve, António Miguel Pina, Presidente da Câmara Municipal de Olhão e o comissário do Poesia a Sul, desde a primeira hora, o poeta e advogado olhanense Fernando Cabrita.
Nesta edição celebra-se o bicentenário do nascimento do poeta Walt Whitman e o centenário dos nascimentos de Sophia de Mello Breyner Andresen, Laurence Ferlinghetti e Jorge de Sena.
No âmbito da cerimónia de abertura, foi apresentada a nova coleção de autores Poesia a Sul - Edifício Nautilus, de Inma Luna, Ventos, de Chi Trung e Missa Branca, de Fernando Cabrita, e inaugurada na Biblioteca Municipal, uma exposição coletiva de pintura e desenho de Michael Augustin, Hans Wap, Tineke Storteboom e Paulo Gago.
Esta noite a programação segue na Re-Criativa República 14, às 22h30, altura em que se realizará a geminação do Poesia a Sul com o Festival de La Lyre Emigrée (Rússia), Edita - Festival Ibero-americano de la Edición, la Poesia y las Artes (Espanha) e com a Fundação Pierre le Grand (Bélgica/Rússia). No mesmo espaço será também apresentada a exposição de pintura de Jeffrey Gaylord Carter aos Poetas do Mundo.
O Museu Municipal no Edifício do Compromisso Marítimo acolhe, às 23h00, a inauguração das exposições de Jill Stot e de Augusto Thassio S. Gómez De Los Infantes.
Ao Algarve Primeiro Fernando Cabrita referiu que a ideia foi «fazer algo ligado à cultura que nascesse em Olhão, para as pessoas de fora, isto é, começar ao contrário, trazer poetas, artistas, escultores, escritores de longe e quando Olhão perceber a qualidade das pessoas que participam neste evento, a espiral inverte-se e está agora a chegar ao centro».
O comissário disse que ao todo participam cerca de 70 pessoas, em que poetas são 57. Garantiu que o Poesia a Sul veio para ficar, «conforme disse o esforço para esse reconhecimento começou primeiro lá fora, convidam-me para ir falar deste evento na Bélgica, França ou a Marrocos, com grande benefício para Olhão, por exemplo já editámos 6 cadernos com mais de uma centena de poetas de todos os países do mundo a escrever numa revista».
Para além dos vários palcos existentes na cidade de Olhão - Museu, Bilbioteca, Auditório e Mercados Municipais, Ria Formosa, Re-Criativa República 14 ou Sociedade Recreativa Progresso Olhanense -, também as freguesias e as escolas do concelho recebem a visita da poesia. Estão igualmente previstas atividades no âmbito do Poesia a Sul em Faro, Beja, Ilha da Culatra e Sevilha.
Refira-se que a ideia surgiu de Fernando Cabrita que a apresentou ao autarca António Miguel Pina, e que a aceitou de imediato, com o objetivo de colocar Olhão no mapa cultural internacional e nacional.