O Algarve Primeiro falou com a Vereadora da cultura e educação da Câmara Municipal de Lagoa com vista a saber mais pormenores sobre o MuCid – Museu dos Movimentos Sociais, Políticos e da Cidadania.
Segundo Ana Martins que é também coordenadora do projeto, «neste momento estamos em fase de finalização, estamos na especialidade e contamos poder arrancar com as obras já no próximo ano».
O MuCid deverá abrir portas ao público em 2021 e será, na posição desta responsável, «um projeto inédito e diferenciador na nossa região e no país. Acreditamos estar a construir algo que não existe pelo menos no nosso território mais próximo».
Trata-se de um museu diferente do habitual, uma vez que, para além de ser uma oportunidade de contar a história do concelho, o antigo edifício da Câmara (Paços do Concelho) irá também enaltecer a cidadania que é uma marca de Lagoa. Nesse sentido, «teremos muitos espaços abertos, onde as pessoas poderão dispor de vários recursos tecnológicos e desfrutar de um espaço que lhes pertence e que se quer mesmo de cidadania».
O Salão Nobre continuará a ser utilizado para as reuniões e naturalmente aberto à comunidade, o que para Ana Martins, «é um aspeto muito importante para dar vida a todo este espaço que tem tido enorme significado ao longo da sua história».
Haverá lugar para exposições temporárias, mas acima de tudo, «queremos mostrar o nosso acervo, aquilo que marca a nossa identidade enquanto povo. Queremos dar a conhecer a razão pela qual existe um determinado objeto num determinado local e como é que ele ali foi parar. Queremos que todos percebam como nasceu Lagoa e como evoluiu, é essa a nossa marca diferenciadora».
Para ajudar na complexa tarefa, a autarquia recorreu ao conhecimento do Antropólogo Paulo Lima e da Historiadora de Arte Ana Pagará, que está fazer o estudo do edifício.
Com duas linhas de força muito importantes, o MuCid «vai trazer o mundo até nós e ao mesmo tempo, mostrar a história de construção do concelho de Lagoa». Haverá espaço para a fotografia, mas acima de tudo pretende-se dar vida a este local emblemático de Lagoa, que já teve várias funções ao longo da sua história, chegando a ser um estabelecimento prisional. «Preparar este património para as gerações vindouras contando com a participação de todos e assentando num serviço educativo, é o desafio deste novo equipamento cultural», focou a Vereadora.
Realçar a memória cultural e abrir as portas à cidadania, são pois os grandes alicerces deste projeto totalmente financiado pela autarquia de Lagoa.