É imperioso ter em conta que, quanto mais formos capazes de identificar as nossas emoções, mais seremos capazes de geri-las e, ao mesmo tempo, aumentar as nossas oportunidades de realização pessoal e profissional.
Saber como reagimos frente a estímulos que nos rodeiam e saber calibrar a quantidade de respostas emocionais necessárias, vai ajudar-nos a não gastar a nossa força e energia de forma inadequada. Por exemplo, se ficar com raiva com muita intensidade com algum desconhecido, a quem provavelmente nunca mais voltará a ver, estará a gastar uma energia valiosa de forma pouco produtiva e, ainda por cima, essa sensação de descontentamento irá prolongar-se no tempo muito mais do que seria razoável.
Segundo os especialistas da Mente é Maravilhosa, “um número considerável de pessoas pensa que as emoções não são controláveis, que simplesmente surgem e nos inundam”. Sentimos medo ou amor e não sabemos como nem porquê e, o que é ainda pior, não nos propomos compreender e gerir estes sentimentos. Esta visão não corresponde à realidade, sublinham os mesmos entendidos acrescentando que, podemos aprender diariamente a gerir as nossas emoções com treino e autoconhecimento.
Se aprofundarmos o tema, vamos perceber que é possível identificar as emoções e melhor aprender a geri-las. O essencial é identificar claramente o que estamos a sentir. Os especialistas relatam que, “às vezes, confundimos os sentimentos; poderíamos pensar que alguém está com raiva, quando realmente está preocupado e, esta confusão pode produzir graves consequências nas nossas relações interpessoais”. Para poder distinguir os sentimentos, precisamos primeiro conhecê-los e identificá-los em nós mesmos, para depois sermos capazes de fazer o mesmo com os outros, sublinham os entendidos na matéria.
É necessário saber quem são e parar para averiguar o que sentimos no momento, respondendo à pergunta: O que estou a sentir exatamente? Ira, raiva, descontentamento…?
Assim, a primeira fase para poder gerir a emoção será identificada. É fácil reconhecer emoções, já que as vemos refletidas nos outros. O que as torna complexas é o facto de que costumam surgir várias emoções ao mesmo tempo.
Poderíamos dizer: “sinto-me feliz”, mas o que realmente quero dizer? Se conseguir apurar aquilo que realmente estou a sentir, mais facilmente serei capaz de procurar uma situação que me ajude a mudar esse estado e, ao mesmo tempo, melhor me vou preparando para identificar também as emoções nas outras pessoas.
É essencial que cada um de nós, saiba responder a estas perguntas dentro de si mesmo: porque razão estou triste?, estou contente, porquê? Qual a razão pela qual me sinto envergonhada? Estou com ciúmes de quê?, já que esta consciência nos vai ajudar a sermos melhores pessoas para nós próprios e para os outros. Ao sabermos aquilo que nos afeta, não descarregamos a nossa parte mais negativa sobre os outros, simplesmente pensamos numa alternativa e, quando não podemos mudar algo, aprendemos a aceitar que é assim.
Quando souber as suas próprias respostas, poderá aprofundar, analisar e tomar decisões a seu respeito. Separar e identificar as emoções permite-nos saber o que sentimos, aprender a nos conhecermos melhor e, a partir daí, enfrentar de forma mais eficaz os nossos desafios, sublinha a Mente é Maravilhosa.
Fátima Fernandes