Sociedade

Veja de "perto" o original presépio de Castro Marim

Um mês de execução e um produto final digno de registo é o que Andrelino Pena tem para mostrar com um presépio feito de sal.

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A iniciativa da obra surgiu do tesoureiro da Junta de Freguesia de Castro Marim, Andrelino Pena que apresentou a ideia e, rapidamente a colocou em marcha.
 
Três toneladas de sal natural de Castro Marim, cedido por uma empresa local, a colaboração de quatro criadores, tornaram o sonho realidade: “o sonho de criar um presépio original que evocasse o gelo; um clima invernoso.”
 
O autor da ideia disse ao Algarve Primeiro que, “há oito anos que se faz um presépio naquele espaço e que este ano quis fazer algo diferente”, sem conseguir prever o sucesso da iniciativa.
 
Andrelino Pena garante que “esta foi a melhor forma que já se encontrou de promover o sal da terra; que tem alta qualidade e é branco como a neve.”
 
O presépio de sal tem atraído um infinito número de turistas nacionais e estrangeiros “o que naturalmente nos deixa satisfeitos, afinal era esse o objetivo quando pensei em produzir algo diferente.”
 
A autarquia de Castro Marim “ajudou a promover a iniciativa, o que também fez com que muitas pessoas soubessem que havia mais um motivo para visitar Castro Marim neste Natal.”
 
Visivelmente satisfeito com a divulgação e com a curiosidade que este presépio tem suscitado, Andrelino Pena diz que “esse é o melhor agradecimento que poderia ter face ao trabalho produzido.”
 
O presépio começou a ser construído no dia 7 de Novembro e ficou concluído a 7 de Dezembro. Na sua execução estiveram envolvidos, o seu criador e mais três colaboradores, são eles Zé do Pinhão, Ernesto Pires e José Mangas que “ apesar de terem colocado algumas reticências face à ideia, acabaram por se surpreender com o seu produto final.”
 
Anotando que a base deste ano seria “criar uma paisagem diferente que pudesse ilustrar um cenário num local gélido; num ambiente de Inverno, Andrelino Pena pensou que o sal seria a melhor forma encontrada para o reproduzir.”
 
O autor disse nunca ter visto algo semelhante tendo-se baseado “na imaginação e no desejo de manter a tradição do presépio com algo original; nunca visto ou talvez pensado.”
 
O trabalho foi intenso, mas sempre na expectativa de poder apreciar o produto final. “Tanto eu como os meus colaboradores vivemos um envolvimento muito grande ao construir este presépio.”
 
E, “todas as tardes a seguir ao almoço, colocamos mãos à obra.”
 
As figuras utilizadas, “umas são de um amigo nosso, natural de Castro Marim, Ernesto Pires “e outras são minhas.”
 
O sal foi oferecido para esta iniciativa e “por ser o melhor sal do mundo e se apresentar em excelentes condições, fazemos questão de o ensacar após o dia 6 de Janeiro; altura em que termina a iniciativa, e de o oferecer à população.” 
 
Até ao dia de Reis, seguramente que o antigo armazém de mais um amigo que “há oito anos nos cede o espaço para a construção do presépio”, será um ponto de visita obrigatório em Castro Marim, ao lado da Junta de Freguesia.
 
Algarve Primeiro