“Não houve registo de qualquer incidente de segurança antes, durante ou depois do atendimento hospitalar do deputado André Ventura, nem existiram da parte do hospital medidas especiais de segurança”, refere a Unidade Local de Saúde (ULS) do Algarve numa nota enviada à agência Lusa.
A posição da ULS/Algarve surge na sequência das declarações do líder do Chega na quinta-feira em Odemira, ao justificar “por razões de segurança” o tratamento diferenciado que teve durante o seu internamento hospitalar em Faro, após ter-se sentido mal durante um jantar comício na terça-feira à noite em Tavira.
Ventura afirmou que foi colocado “numa sala com segurança à porta”, acrescentando que o hospital só tinha duas hipóteses: “Ou eu ficava com segurança e com polícia ou deixavam-me matar”, disse.
Além de não terem sido implementadas medidas especiais de segurança, “não houve necessidade de orientações específicas relacionadas com a sua condição de eleito político”, realça a administração hospitalar.
De acordo com a ULS/Algarve, o tratamento ao deputado decorreu de forma regular e seguiu os protocolos clínicos adequados à sintomatologia apresentada.
“A Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), onde o atendimento ocorreu, manteve a sua dinâmica habitual, com total autonomia técnica na afetação de meios e na atuação dos profissionais de saúde”, lê-se na nota.
As decisões clínicas seguiram exclusivamente critérios médicos, “sem interferência externa ou orientações especiais”, conclui a administração hospitalar de Faro.
Lusa