Sociedade

Via Algarviana (pode estar) condenada ao abandono

O Algarve Primeiro já havia avançado a dificuldade que os municípios algarvios estão a sentir em dar continuidade à Via Algarviana e a realidade parece não conhecer novos contornos até ao momento.

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Os municípios do Algarve não chegaram a acordo, por estarem a apostar noutros projetos, pelo que, a grande rota pedestre, corre o risco de ficar ao abandono. 
 
Após um investimento de 1,2 milhões de euros para criar uma via que incentiva o turista a conhecer novos destinos na natureza, os municípios não se entendem quanto a um plano de sustentabilidade.
 
Após conversações com os 11 municípios envolvidos no projeto, o plano de gestão acabou por ser recusado. 
 
Segundo a cordenadora do projeto, "Não foi possível consensualizar uma solução, no seio da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal), quanto ao modelo de gestão. As atenções estão viradas para as Sunset Parties e outras festas à beira-mar", adianta Anabela Santos.
 
"Todos concordamos em manter a Via Algarviana, mas não chegamos a acordo quanto ao modelo de gestão e custos", informou, por sua vez, o presidente da Comunidade Intermunicipal do Algarve (Amal), Jorge Botelho ao "Público".
 
Por agora ficou acordado que cada município iria contribuir com 1.700 euros até ao final do ano para assegurar "a continuação do projeto".
 
A Via Algarviana, criada em 2006, chegou a ser alargada para 800 quilómetros. A Grande Rota Pedestre (que liga Alcoutim ao Cabo de São Vicente-Sagres) teve ainda um acréscimo de ligações: Marmelete-Aljezur, Mexilhoeira Grande-Monchique, Estação de Loulé-Salir, Paraíses-São Brás de Alportel e Lagos-Bensafrim.