Passados quase dois meses do pedido de audiência urgente ao Primeiro-Ministro, feito pelos autarcas do Algarve, o Movimento Algarve Livre de Petróleo diz que "não se conforma com o silêncio do Governo".
Passados quase dois meses do pedido de audiência urgente ao Primeiro-Ministro, feito pelos autarcas do Algarve, em Loulé, a 22 de Fevereiro, sobre o furo de Aljezur, o Movimento Algarve Livre de Petróleo diz que "não se conforma com o silêncio do Governo" afirmando que "os autarcas, as populações do Algarve e do Alentejo, as principais associações empresariais e a Região de Turismo do Algarve não podem ser destratados desta maneira pelo Primeiro-Ministro".
O Movimento Algarve Livre de Petróleo recorda num comunicado enviado à comunicação social, que no passado dia 24 de Março, António Costa esteve no Algarve, na freguesia do Ameixial, lado a lado com o autarca Vítor Aleixo, "tendo ignorado por completo a questão da exploração de petróleo na região".
O mesmo Movimento adianta que o Ministro do Ambiente, João Matos Fernandes, esteve no dia 3 de Abril em Portimão,com a Presidente da Câmara Municipal de Portimão, Isilda Gomes, "ignorando por completo o assunto da prospecção e exploração de petróleo no Algarve".
Finalmente a Ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, esteve em Vila Real de Santo António, na última semana junto de Conceição Cabrita, Presidente desta autarquia e o assunto da exploração de petróleo no Algarve "voltou a ser tabu na relação entre os autarcas do Algarve e o Governo de António Costa".
Assim o MALP decidiu avançar com uma vigília no dia 26 de Abril, pelas 16h30, à porta da Câmara Municipal de Loulé, para saber "o porquê de passados quase dois meses da reunião de Loulé, os autarcas do Algarve ainda não terem interpelado institucionalmente o Governo e o que pensam fazer para impedir de uma vez por todas o furo de petróleo de Aljezur".
O Movimento Algarve Livre de Petróleo aproveita também para fazer um apelo público à líder do Bloco de Esquerda, Catarina Martins e à líder do Partido Ecologista "Os Verdes", Heloísa Apolónia, para que chame ao Parlamento para prestar declarações, o Secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, de modo a explicar os contornos da autorização da prospecção de petróleo ao largo de Aljezur no dia 8 de Janeiro de 2018 e o Presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, Nuno Lacasta, para que explique os motivos de passar a responsabilidade da decisão de levar a cabo uma Avaliação de Impacto Ambiental sobre o furo de petróleo de Aljezur para os cidadãos, através de consulta pública sobre uma possível Avaliação de Impacto Ambiental, "subvertendo as suas funções e a defesa da missão da Agência Portuguesa do Ambiente, de defender a qualidade do ambiente no país".
