No passado dia 13 de novembro assinalaram-se os 554 anos sobre a morte do Infante D. Henrique.
Este Príncipe da Dinastia de Avis nasceu no Porto, em 1394, e morreu no seu senhorio de Sagres, em 1460.
Para comemorar esta data, celebrou-se uma missa na Igreja de Nossa Senhora da Graça, presidida pelo Pároco Jesús Ejocha, que destacou a importância do Infante enquanto fundador deste templo religioso e da própria Sagres, bem como a sua vida, marcada por uma forte espiritualidade.
De seguida, o presidente da Câmara Municipal, Adelino Soares, e a diretora Regional de Cultura, Alexandra Gonçalves, colocaram uma coroa de flores na base do Padrão, inaugurado em 1960, situado junto às muralhas, e que evoca as viagens marítimas das descobertas iniciadas pelos Portugueses no século XV.
Estiveram presentes o presidente da Junta de Freguesia de Sagres, Luís Paixão e o delegado Marítimo de Sagres, tenente Silva Oliveira. A cerimónia, onde estiveram presentes vários munícipes, terminou com a leitura dos poemas “Infante D. Henrique” e “O Padrão” da autoria do poeta Fernando Pessoa.
No dia 15, às 15h00, no Centro de Interpretação de Vila do Bispo, foi concluída a homenagem a D. Henrique, com uma palestra intitulada “O Legado da Ínclita Geração no Mundo Contemporâneo”, da autoria da estudante universitária Maria Beatriz Van Zeller (Curso de História da Arte da Faculdade de Letras de Lisboa), com uma introdução do técnico municipal Artur de Jesus.
Aqui, foram abordados temas como a presença henriquina em Vila do Bispo e os seus vestígios, bem como as vidas e as obras dos ilustres filhos do Rei D. João I e da Rainha D. Filipa de Lencastre, bem como todo o legado ideológico e monumental que deixaram, em variadas formas artísticas, nomeadamente na literatura, na poesia, na pintura, na escultura (destacando-se a estátua do Infante em Sagres) e em grandes construções religiosas, como os Mosteiros da Batalha e dos Jerónimos.