Economia

Vinhos algarvios não param de surpreender cá e lá fora

O destaque vai para o crescimento da produção em 50% face à campanha anterior.

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No Fórum Anual dos Vinhos de Portugal, organizado pela ViniPortugal, foram apresentados os mais recentes dados estatísticos e estudos sobre a prestação dos vinhos portugueses no plano nacional e internacional, sendo as perspetivas bastante animadores para os agentes económicos ligados ao setor do vinho. 
 
No caso do Algarve o destaque vai para o crescimento da produção em 50% face à campanha anterior.
 
Realizado no Hotel Curia Palace, o Fórum Anual dos Vinhos Portugueses, reuniu mais de três centenas de pessoas ligadas ao setor, nomeadamente a vertente institucional e interprofissional com a presença dos principais organismos e Comissões Vitivinícolas das regiões portuguesas.
 
A CVA – Comissão Vitivinícola do Algarve, esteve presente no evento e atenta aos números apresentados, ressalta a confirmação do crescimento face à produção de vinho do ano anterior que ultrapassou largamente as previsões iniciais de 20%, para se fixar em 50%, tornando-se na região vitivinícola que mais cresceu a nível nacional, com destaque também para as boas prestações das regiões do Minho, Dão e Beira Atlântico.
 
A Comissão Vitivinícola do Algarve justifica que no plano internacional o crescimento é mais favorável, registando-se um crescimento de 5,7% em volume e de 8,5% em valor e que no caso do Algarve o benefício da afirmação da marca Vinhos de Portugal lá fora, traduz-se pela ligação da região ao vinhos nacionais, pois além de ser um destino turístico de eleição, é uma porta de entrada privilegiada de visitantes, pelo que desejam experimentar in loco na região, aliando o vinho algarvio à gastronomia da região.
 
Outro aspeto importante que se retira da análise dos números apresentados, é a prestação portuguesa nos diferentes países importadores, destacando-se o ressurgimento do mercado angolano, que tinha decaído em 2016, e que como consequência apresenta agora um crescimento de 102%, a que se junta uma boa prestação do Brasil, com uns também expressivos 55% de crescimento, igualmente face ao período homólogo de 2016.
 
Os dados estatísticos apresentados merecem também ser analisados à luz do mercado europeu. De uma forma geral os principais países da Europa consumidores de vinho, apresentam uma estagnação ou diminuição do consumo, porém o vinho português consegue dar a volta por cima em dois mercados emblemáticos, por estarem entre os 5 principais importadores mundiais de vinho, e que no caso são o Reino Unido e a Alemanha, apresentando no caso germânico um saldo muito positivo, pois enquanto este mercado, em termos globais, desce ligeiramente em 2016, Portugal regista um impressionante aumento de 20% de 2016 para 2017.