Sociedade

Visita de Reitor da Ualg ao concelho de Lagos serviu para descobrir um Algarve diferente

“Tenho descoberto um Algarve diferente porque estou a ter a oportunidade de conhecer uma atividade económica com muito fôlego e muita imaginação. Embora sejam pequenas empresas, apresentam um grande entusiasmo”, referiu o Reitor da Universidade do Algarve, no âmbito da sua visita ao concelho de Lagos, no dia 4 de abril.

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António Branco explicou ainda que é importante que a sociedade perceba que “a Universidade está de portas abertas e disponível para ajudar a resolver os problemas”.
 
Sobre este périplo pelo Algarve, o reitor diz-se surpreendido porque, confidencia, “está a funcionar muito bem, melhor do que alguma vez eu poderia ter imaginado”.
 
Também para Joaquina Matos, presidente da Câmara Municipal de Lagos, este é bom desafio por parte da UAlg, porque “precisamos de uma Universidade forte, em trabalho direto com as empresas e com todos os intervenientes da região”. 
 
Segundo a autarca “necessitamos todos uns dos outros para nos afirmarmos, para ganharmos o nosso estatuto de região forte e desenvolvida; de progresso. Só conseguiremos fazê-lo todos juntos, as autarquias, os organismos e a Universidade. Há cerca de 30 anos, esta instituição foi criada, também, por algarvios, que a conseguiram conquistar com muito esforço”.
 
A Câmara Municipal de Lagos organizou e acompanhou o representante máximo da Universidade numa visita por várias entidades e empresas do concelho, dando-lhe a conhecer referências importantes do dinamismo cultural, económico e social, e elogiando a proximidade que procura alcançar junto da comunidade envolvente. 
 
Depois de ser recebida no salão nobre dos Paços do Concelho, a equipa reitoral começou por visitar os agrupamentos de escolas Gil Eanes e Júlio Dantas, o que permitiu a António Branco falar diretamente com vários alunos e professores. 
 
Se para Joaquina Matos, “este contacto serviu para motivar os alunos em relação ao futuro, de modo a continuarem os seus estudos e a sentirem-se mais próximos da universidade”, para a diretora do agrupamento de escolas, há vários anos no ensino, trata-se de uma iniciativa inédita de um reitor, nunca antes vista.
 
Da parte da tarde, a comitiva esteve nas instalações da Sopromar, estaleiro naval de embarcações de recreio, que emprega já 50 pessoas e têm vindo a aumentar o número de postos de trabalho, seguindo-se uma passagem pela Marina de Lagos, aberta desde 1994, e pela Academia de Música de Lagos que, o longo de 27 anos de atividade, tem proporcionado a milhares de alunos, a oportunidade de aprender música, em cursos de reconhecido mérito e valia pedagógica, patrocinados pelo Ministério da Educação e Ciência, realizando todas as provas e exames de acordo com o critério estabelecido pelo Conservatório Nacional. 
 
Este périplo terminou na exploração vitivinícola “Monte da Casteleja”, uma quinta típica algarvia, situada a 3 km de Lagos, com 7 hectares de horta, pastagens, pomar, animais e vinha (cerca de 3 hectares). Plantada em 2000, apenas com castas regionais, esta vinha encontra-se em conversão para modo de produção biológico desde 2008 e comercializa, desde 2004, vinhos tintos, brancos e rosés.