Desporto

Volta ao Algarve:Team Sky venceu na Fóia

 
 
A Team Sky dominou completamente a segunda etapa da Volta ao Algarve, hoje disputada ao longo de 187,9 quilómetros, entre Sagres e o alto da Fóia, em Monchique.

 
Michal Kwiatkowski impôs-se na etapa e Geraint Thomas assumiu o comando da classificação geral.
 
A chegada coincidia com uma contagem de montanha de primeira categoria, no topo de uma subida com 15 quilómetros até ao ponto mais alto do Algarve, a 900 metros de altitude. A Sky atacou a corrida no ponto mais duro da escalada, a cerca de 8 quilómetros da meta. O bielorrusso Vasil Kiryienka isolou-se e obrigou os adversários a gastar energias na perseguição.
 
O esforço dos rivais foi aproveitado por Michal Kwiatkowski para se impor na tirada, ao fim de 4h49m51s de corrida. Na roda e com o mesmo tempo chegaram Bauke Mollema (Trek-Segafredo), Geraint Thomas, Daniel Martin (UAE Team Emirates) e Jaime Rosón (Movistar Team).
 
“A Team Sky rodou muito bem nos últimos quilómetros, colocando o Kiryienka na frente, forçando os nossos adversários a perseguir. A vitória de etapa foi algo inesperada, mas deixa-me satisfeito com a minha forma atual. Tanto eu como o Thomas temos boas condições para vencer a corrida.  Este ano a subida à Fóia foi mais longa e menos inclinada e, por isso, o contrarrelógio será ainda mais decisivo. Depois temos ainda o Malhão no último dia. É uma subida curta, mas num esforço de oito minutos pode-se sofrer muito e há que contar com o desgaste das várias etapas”, avalia Michal Kwiatkowski.
 
Como não são atribuídas bonificações nas chegadas e nas metas volantes, os cinco melhores da classificação geral estão todos com o mesmo tempo. O desempate faz-se por pontos. Comanda Geraint Thomas, seguido por Jaime Rosón, Michal Kwiatkowski, Daniel Martin e Bauke Mollema.
 
“Estamos satisfeitos por estarmos novamente na liderança aqui na Volta ao Algarve. Controlámos bem os nossos rivais e na parte final o Kwiatkowksi foi o mais forte. Fico feliz por ele. A camisola amarela foi uma surpresa, mas, para já, tem pouco significado. O contrarrelógio será determinante e ficarei satisfeito se amanhã a Team Sky mantiver a camisola amarela”, diz Thomas.
 
Cumpriu-se o objetivo da organização da corrida quando decidiu que a Fóia deveria ser subida pela vertente mais longa e menos inclinada: fazer com que as diferenças no final da etapa fossem diminutas para que tudo permaneça indefinido e emocionante na luta pela Camisola Amarela Algarve.
 
Antes da entrada na espectacular subida final, os animadores da jornada foram Lukas Pöstlberger (Bora-hansgrohe), Yves Lampaert (Quick-Step Floors), Benjamin King (Team Dimension Data), John Degenkolb (Trek-Segafredo), Marcos Jurado (Efapel), Oscar Pelegri (Rádio Popular-Boavista) e Ricardo Mestre (W52-FC Porto). Atacaram ao quilómetro 11, chegaram a ter mais de 7 minutos de vantagem, mas sucumbiram ao acelerar do pelotão, na aproximação à Fóia. Pöstlberger e King foram os mais resistentes, acabando alcançados a 9 quilómetros da chegada, momentos antes do ataque da Team Sky.
 
O estadunidense Benjamin King (Team Dimension Data) aproveitou a fuga para conquistar a Camisola Azul Liberty Seguros, de melhor trepador. O polaco Michal Kwiatkowski, além de ganhar a etapa, passou a vestir a Camisola Vermelha Cofidis, da regularidade, embora esteja empatado em pontos com o vencedor da primeira etapa, Dylan Groenewegen (Team LottoNL-Jumbo). O holandês Sam Oomen (Team Sunweb) reforçou o comando na classificação da juventude, sendo cada vez mais dono da Camisola Branca Águas do Algarve. A Quick-Step Floors segue na dianteira por equipas.
 
O belga Philippe Gilbert recebeu hoje o Prémio Prestígio da Volta ao Algarve 2018, uma distinção que a organização guarda para corredores que, pelo seu palmarés, engrandecem a Volta ao Algarve com a sua presença. O troféu foi entregue à partida para a etapa pelos presidentes da Federação Portuguesa de Ciclismo, Delmino Pereira, e da Câmara Municipal de Vila do Bispo, Adelino Soares.
 
A terceira etapa, marcada para esta sexta-feira, será decisiva para o escalonamento da classificação geral. Será um contrarrelógio de 20,3 quilómetros, com início e final na Fatacil, Lagoa.
 
É um exercício essencialmente plano, mas com alguns topos que tornarão o contrarrelógio mais exigente e ajudarão os especialistas a marcar diferenças significativas. Com a classificação presa por segundos – o vigésimo, Jasper de Buyst, está apenas a 20 segundos do primeiro -, o contrarrelógio prevê-se determinante para a seleção de verdadeiros candidatos.
 
Classificações:
1.ª Etapa/1st Stage: Sagres - Fóia, 187,9 km
1.º Michal Kwiatkowski (Team Sky), 4h49m51s (38,896 km/h)
2.º Bauke Mollema (Trek-Segafredo), mt
3.º Geraint Thomas (Team Sky), mt
4.º Daniel Martin (UAE Team Emirates), mt
5.º Jaime Rosón (Movistar Team), mt
6.º Patrick Konrad (Bora-hansgrohe), a 3s
7.º Bob Jungels (Quick-Step Floors), mt
8.º Pieter Serry (Quick-Step Floors), mt
9.º Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano-ULI), mt
10.º Richie Porte (BMC Racing Team), mt
 
Geral Individual:
1.º Geraint Thomas (Team Sky), 9h37m49s
2.º Jaime Rosón (Movistar Team), mt
3.º Michal Kwiatkowski (Team Sky), mt
4.º Daniel Martin (UAE Team Emirates), mt
5.º Bauke Mollema (Trek-Segafredo), mt
6.º Patrick Konrad (Bora-hansgrohe), a 3s
7.º Bob Jungels (Quick-Step Floors), mt
8.º Pieter Serry (Quick-Step Floors), mt
9.º Vicente García de Mateos (Aviludo-Louletano-ULI), mt
10.º Louis Meintjes (Team Dimension Data), mt