A taxa de ocupação global média/quarto no Algarve foi de 32,6%, 50,9 pontos percentuais abaixo do verificado em julho de 2019 (-61,0%).
Segundo a AHETA - Associação do Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve, com a descida verificada, a taxa de ocupação registou o valor mais baixo de sempre para o mês de julho.
A variação homóloga verificada é justificada pela pandemia provocada pelo vírus COVID-19, cujo impacto na hotelaria começou a sentir-se no início do mês de março com cancelamentos de reservas.
Todas as zonas geográficas sofreram forte quebras, que oscilaram entre os -38,5pp (-53,0%) em Monte Gordo / VRSA e os -59,6pp (-68,6%) em Albufeira.
A zona de Faro/Olhão foi a que registou a taxa de ocupação mais alta, 39,3%, enquanto a mais baixa ocorreu na zona de Albufeira, com 27,3%.
Por categorias as descidas variaram entre os -39,3pp (-51,8%) nos hotéis e aparthotéis de 3 e 2* e os -57,3pp (-66,2%) nos hotéis e aparthotéis de 4*.
Os hotéis e aparthotéis de 5* foram os que registaram a taxa de ocupação mais baixa com 27,2%, sendo que a mais alta ocorreu nos aldeamentos e apartamentos de 3*, com 42,9%.
As descidas absolutas foram proporcionais ao peso relativo dos mercados, sendo as maiores as do Reino Unido (-20,5pp, -93,2%), da Irlanda (-5,6pp, -90,8%) e Alemanha (-4,3pp, -69,9%),
Em julho, a maior fatia das dormidas coube aos turistas nacionais com 60,9%, seguidos pelos espanhóis (6,8%), alemães (5,8%) e holandeses (5,4%).
Devido à pandemia, a generalidade dos empreendimentos encerrou durante o mês de março e retomaram a atividade a partir de junho. A reabertura dos empreendimentos ocorreu de forma gradual. Durante o mês de julho cerca de 80% da oferta estava disponível (75% no início de julho e 88% no início de agosto).
A associação dos hoteleiros algarvios estima que o movimento de passageiros no aeroporto de Faro terá sido de cerca de 260 mil passageiros, o que corresponde a uma descida de 78% face ao mesmo mês do ano anterior.
Segundo dados da ANA - Aeroportos de Portugal, em valores acumulados, desde o início do ano, o movimento de passageiros regista uma descida face ao período homólogo anterior de -80%, tendo sido movimentados menos 3,17 milhões de passageiros.
Em junho a Holanda foi a origem/destino mais importante com 34,7% dos passageiros movimentados, seguida pela Alemanha (16,6%), Reino Unido (9,1%) e Bélgica (8,8%).
As maiores variações ocorreram nos passageiros de e para o Reino Unido (-546 mil movimentos), Alemanha (-111 mil) e Irlanda (-106 mil).
