Desporto

27ª Volta ao Algarve à Vela terminou em Tavira com 165 velejadores

 
 
Banda convidada: Heavy Angels
Banda convidada: Heavy Angels  
 
João Marques:Presidente do Ginásio Clube Naval de Faro
João Marques:Presidente do Ginásio Clube Naval de Faro  
João Pedro Rodrigues:Vereador da CM Tavira
João Pedro Rodrigues:Vereador da CM Tavira  
 
Custódio Moreno:Diretor Regional do IPDJ
Custódio Moreno:Diretor Regional do IPDJ  
João Leonardo:Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Vela
João Leonardo:Vice-Presidente da Federação Portuguesa de Vela  
A Volta ao Algarve à Vela terminou este sábado em Tavira. Entre 18 e 20 de julho, o Algarve assistiu a três etapas desta competição, numa organização do Ginásio Clube Naval de Faro.

 
A etapa correspondente ao primeiro dia da prova teve início em Lagos e terminou em Albufeira. No segundo dia, os velejadores partiram de Albufeira, terminando o percurso na Ilha da Culatra, concelho de Faro. A última etapa rumou até Tavira.
 
Ao realizar esta competição anual, pretende-se «prestigiar a região algarvia, e as respetivas condições de navegação, bem como promover a prática deste desporto náutico», referiu João Marques, Presidente do Ginásio Clube Naval de Faro, adiantando que, «nos últimos anos foi dado incremento ao que é a Volta, tentando criar espaço para esta modalidade no Algarve, e ao mesmo tempo servindo de exemplo para muitos velejadores que por aqui passam e que podem integrar a competição».
 
Com 31 embarcações e 165 velejadores, João Marques não tem dúvidas de que se trata de uma frota «considerável», que tem vindo a merecer algum reconhecimento, também devido à forma como se organiza este tipo de provas na região.
 
É uma Vela de Cruzeiro que junta atletas de outras partes do país e da vizinha Espanha, sendo que, «acima de tudo pretende-se fomentar o convívio em torno desta modalidade». Ao todo a prova constituiu-se por 26 embarcações portuguesas e 5 espanholas.
 
As paragens da Volta «são pensadas na dinâmica que se pretende dar ao evento e, ao mesmo tempo, potencializar os locais da região que melhor se adequam à modalidade», explicou.
 
O mesmo responsável disse ao Algarve Primeiro que, «a nossa costa dispõe de zonas fantásticas para a prática da vela, tal como a Ria Formosa, um cartão de visita para a modalidade, mesmo sendo uma área mais abrigada».
 
Conhecida como uma das mais importantes provas de Vela de Cruzeiro a nível nacional, mas com uma aposta forte na vertente social, «a competição tem por base promover o convívio e a troca de experiências entre os participantes, com a atribuição de prémios gerais e no final de cada etapa», frisou o vice-presidente da Federação Portuguesa de Vela, João Leonardo.
 
Em seu entender, «este tipo de iniciativas são sempre gratificantes, sobretudo porque envolve velejadores de Portugal e de Espanha, consegue-se juntar 165 participantes a conviverem uns com os outros, ao mesmo tempo que se mostra ‘este lado’ do Algarve capaz de promover o desporto, a competição e o convívio salutar que desperta novas amizades».
 
O Algarve é um potencial da náutica, frisou João Leonardo, evidenciando as provas,(até mundiais), que têm decorrido na região nos últimos meses, «em Lagos, em Portimão, em Vilamoura que dão mostras de que somos um povo muito acolhedor com as coisas a funcionarem sempre pelo melhor, com a ajuda das entidades oficiais das respetivas localidades».
 
O representante da Federação, reiterou também a «enorme dinâmica que os clubes algarvios estão a apresentar e a desenvolver, seja nas suas localidades, seja na região em geral, o que é um motivo de enorme satisfação».
 
Custódio Moreno, Diretor Regional do IPDJ, confessou que «fazer um evento toda a gente faz, mas o que nos chama à atenção deste, é a qualidade, é por assim dizer, um marco muito importante na nossa região».
 
A divulgação deste evento tem sido muito importante para que mais pessoas o conheçam, evidenciou o rosto do desporto e juventude do Algarve, acrescentando «o valor do trabalho do atual Presidente do Ginásio Clube Naval de Faro que tem dado novos contornos à competição, sobretudo na forma como se organiza e promove o evento, mas também na área da formação e na afirmação de Faro como pólo importante na modalidade».
 
Para Custódio Moreno, «é isto que se pretende, envolver o máximo de participantes possível, numa organização com 40 ou 50 pessoas, cujo resultado seja, «desporto para todos, aliando-o ao Turismo».
 
No futuro, «ambicionamos poder acrescentar mais velejadores, mais embarcações e nacionalidades», sustentou Custódio Moreno referindo que, «nos últimos dois anos, a competição tem vindo a ganhar mais expressão, esperamos que assim continue num crescendo como se pretende».
 
Para finalizar, o vereador da autarquia de Tavira realçou o apoio do Município dado à iniciativa, recordando a tradição da cidade em torno da "Volta ao Algarve à Vela".
 
João Pedro Rodrigues, disse ao nosso jornal que, «ao longo dos anos tem havido uma participação de várias tripulações e Tavira tem acolhido etapas». Além disso, «temos o Clube Náutico de Tavira que é também um emblema da modalidade da nossa cidade e é parceiro do Ginásio Clube naval de Faro».
 
Em nome da autarquia, o vereador realçou a relação de proximidade que tem havido nestes últimos 27 anos de existência desta prova, e neste sentido, «podemos dizer que a náutica está-nos no sangue».
 
O vereador aventou que estão a ser criadas condições para que o concelho esteja melhor preparado para acolher este tipo de eventos, contudo, «temos todas as infraestruturas humanas e logísticas necessárias para dar uma resposta positiva a cada iniciativa. Temos o gosto de receber e de acolher da melhor maneira esta família que é a família da Vela».
 
Com a promessa de que a autarquia de Tavira está a reunir esforços para ter mais espaço para poder «colocar embarcações de forma ordenada e segura», o mesmo vereador disse que o Município tem tentado encontrar as «melhores soluções» ainda sem um projeto objetivo, reunindo algumas possibilidades com o Clube náutico, «para estudarmos a melhor forma de podermos aumentar essa resposta, o que nos vai preparar melhor para futuros eventos».
 
Refira-se que em destaque nesta edição, estiveram as embarcações "Nacex", com o skipper Miguel Graça, a "Monday" de Carlos Dias e a "Sorcerer" de Teresa Gago.