Quatro alunos da Escola Profissional de Engenharia Elétrica e Tecnologias de Informação Heinrich Emanuel Merck, em Darmstadt (Alemanha), estão a realizar um estágio profissional na Câmara Municipal de Lagoa, com a duração de três semanas, no âmbito do projeto Erasmus + «KA1 – Projeto de Mobilidade Individual para fins de Aprendizagem».
Os estudantes Pascal Fischbach (21 anos), Jan Hönig (20 anos), Eric Klopfleisch (24 anos) e Eric Sauerwein (20 anos), estagiários na Deutsche Telekom e alunos na escola Heinrich Emanuel Merck, candidataram-se ao projeto de mobilidade nos domínios da educação, da formação e da juventude e estão sob a coordenação dos professores Frank Stecher (Heinrich Emanuel Merck) e Luís Conduto (ESPAMOL).
De acordo com informação avançada pela autarquia em nota de imprensa, a escola em que estudam conta com cerca de 1300 alunos e 100 professores e oferece uma forma de ensino em “formação profissional dupla” (dual vocational training) em tecnologias de informação, onde os alunos frequentam aulas e ao mesmo tempo integram estágios em empresas da área.
Ao longo dos últimos dez anos a ESPAMOL tem recebido e enviado regularmente alunos, duas a três vezes por ano, no âmbito do programa europeu Erasmus+, que financia todas as despesas dos alunos. Este projeto tem como objetivo facilitar a inserção no mercado de trabalho aos alunos dos cursos profissionais e promover a transparência de qualificações. As experiências anteriores tiveram alunos originários de França, Itália, Holanda, Irlanda, Escócia, Alemanha, Noruega e Espanha.
O Município de Lagoa adianta que tem vindo a integrar estagiários nas áreas das tecnologias de informação das várias escolas secundárias do concelho e concelhos vizinhos ao abrigo do projeto Smartcity: Lagoa, sendo esta a primeira vez que recebe alunos estagiários de outro país.

Como plataforma integradora de sensorização o Município disponibiliza a estes estudantes uma plataforma educacional, ainda em desenvolvimento, para a construção de microssatélites Cubesat, colocando a tecnologia espacial nas mãos dos estudantes e permitindo que construam os seus próprios modelos de satélites e realizem experiências espaciais reais. Desta forma, utilizando diferentes microcontroladores e vários componentes eletrónicos de baixo custo, será construído um modelo dotado da capacidade de realizar leituras e recolha de dados através dos sensores de ultravioletas, temperatura, luminosidade e infravermelhos. O posicionamento geográfico do modelo usa um GPS, um giroscópio, acelerómetro e magnetómetro. Relativamente às comunicações entre o modelo e a plataforma web, onde são disponibilizados todos os dados, serão utilizadas as tecnologias Bluetooth e LoRaWAN.