Sociedade

Autarca de Castro Marim aposta em calendário de Bailes pelo Concelho

 
Na perspectiva do médico, Francisco Amaral apresentou ao Algarve Primeiro, algumas soluções que, em seu entender podem melhorar a qualidade de vida da população, seja neste tempo de crise, em que as pessoas se sentem mais abaladas e deprimidas, seja como forma de promoção do bem-estar em geral.

 
Aproveitando a sua vasta experiência de autarca, o presidente da Câmara Municipal de Castro Marim, reforçou a importância «de se fazer muito com poucos custos» e deu o exemplo do calendário de bailes que foi apresentado recentemente e que, em seu entender, «é um benefício incalculável para as pessoas. Veja quantos quilómetros as pessoas percorrem a dançar. Repare-se no convívio que estes momentos proporcionam e na dinâmica social que se cria com pouco dinheiro». 
 
Francisco Amaral realçou que, «criei esta iniciativa dos bailes de acordeão por gostar do instrumento, pelo mesmo fazer parte da nossa cultura e por ser apreciado pela maioria dos participantes nos bailes. 
 
Depois, acaba por ser acessível à autarquia e, acima de tudo, um incentivo para que as pessoas saiam de casa e vão dançar, vão praticar essa forma de exercício que dá tanta saúde, sem esquecer que afasta a população dos seus problemas enquanto que as aproxima do convívio, da música e da relação com os outros».
 
Com um calendário de bailes que contempla todo o concelho, Francisco Amaral diz-se satisfeito com «a adesão das pessoas que já totaliza 200 associados que permanentemente se deslocam ao baile».
 
Ainda na sequência da promoção da saúde e bem-estar das pessoas, o edil de Castro Marim sublinhou a criação da Praia fluvial de Odeleite que, em seu entender, «será uma forma de atrair as pessoas e muitos turistas para um local agradável, onde será possível praticar alguns desportos não motorizados e estar em família ou com amigos».
 
Francisco Amaral acredita que, «esta importante mais-valia para o concelho esteja pronta no verão do próximo ano e que possa dar mais dinâmica ao local, «à semelhança do que fiz em Alcoutim e todos me chamavam de louco! Mas a verdade é que, aquela praia atraiu milhares de turistas ao concelho, impulsionou a dinâmica local e divulgou Alcoutim pelo país e, muito mais na vizinha Espanha».
 
Quando questionado pelo Algarve Primeiro, relativamente à perda da bandeira azul da Praia fluvial de Alcoutim, Francisco Amaral não disfarçou a tristeza, uma vez que, «quando estava à frente da autarquia, tinha sempre o cuidado com as descargas semanais, pelo que, quando se realizavam as análises, a água estava sempre com qualidade. Agora não lhe sei dizer o que possa ter acontecido. Mas sinto-me desolado com isso, com o encerramento da estalagem e da unidade hoteleira de Alcoutim. Só posso lamentar que se tenha perdido estes importantes alicerces para o concelho».
 
Sempre "de olhos postos" no futuro e na melhoria da qualidade de vida dos seus munícipes, Francisco Amaral realça, «Se não tivermos iniciativas que melhorem a qualidade de vida das pessoas que vivem mais distantes dos grandes centros urbanos, então como as podemos fixar nos seus locais de origem? Penso que é missão de um autarca dar o seu melhor e fazer o que estiver ao seu alcance para garantir que o bem-estar das pessoas está acima de tudo».
 
Nesse sentido, o edil castromarinense recordou a importância da criação da Unidade Móvel de Saúde que se destaca em Castro Marim pela presença de um médico em permanência, que visita os mais idosos nos montes e nas suas casas, Francisco Amaral mostra o orgulho que sente em ter criado «há 20 anos a primeira Unidade Móvel de Saúde com enfermeiro e agora com médico permanente que prescreve medicamentos e exames auxiliares de diagnóstico, que faz a prevenção e o acompanhamento de muitas doenças e, acima de tudo, que apoia no conforto do domicílio quem não se pode deslocar e não tem meios de pedir essa ajuda».
 
E acrescenta: «temos ainda a vantagem de ter esse médico agora reformado, que acompanhou o percurso da maior parte das pessoas, que as conhece bem e que continua a manter essa relação de médico/doente. É um valor incalculável, sobretudo porque não é muito fácil encontrar um médico disposto a fazer largas centenas de quilómetros por dia nesta Unidade Móvel de Saúde e com vocação para lidar com pessoas mais humildes e que requerem uma atenção e cuidados distintos daquelas que se deslocam ao centro de saúde».
 
Empenhado em dar seguimento aos valores em que acredita e em estar o mais perto possível daqueles que o elegeram para conduzir os destinos da autarquia de Castro Marim, Francisco Amaral, mostra-se preocupado com a situação real do país, com o desemprego e com as inúmeras dificuldades que, «muitas, mas mesmo muitas pessoas atravessam e que não sabemos quando vão melhorar os tempos, por isso, dentro do que nos é possível, temos de reunir esforços para minimizar esse desconforto».