Sociedade

Castro Marim lamenta posição tomada por Idanha-a-Nova

A Câmara Municipal de Castro Marim lamenta a tomada de posição da Câmara Municipal de Idanha-a-Nova. Segundo a autarquia algarvia, a sua congénere "transformou uma situação de carácter humanitário num jogo de culpas entre municípios".

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Recorde-se que a autarquia de Castro Marim foi surpreendida, na última semana, com a chegada de um grupo de cidadãos romenos à vila e explica em comunicado que apelou à Embaixada da Roménia em Portugal a resolução da situação do grupo de trabalhadores, tendo dirigido o mesmo apelo a outras entidades governamentais, "que até hoje, não obteve resposta".
 
O Município confirma que a Embaixada da Roménia "encetou todos os esforços para acolher, com o mínimo de dignidade humana", os 15 cidadãos, garantindo um alojamento que seria, à partida, no município de Castelo Branco, situação que se alterou durante o transporte efetuado pelo Município de Castro Marim, depois de ter sido previamente acordada.
 
A câmara castromarinense, esclarece que "só teve em mente uma resposta humanitária, quer no acolhimento, quer na resolução da situação", rejeitando as acusações de “falta de respeito institucional e desconsideração pela saúde da comunidade idanhense”.
 
A edilidade tranquiliza a população referindo que todos os cidadãos do grupo que não estavam ilegais em Portugal, foram testados ao Covid-19, e todos deram negativo, durante a sua primeira tentativa de passar a fronteira, em Elvas.
 
O Município rejeita "tomadas de posição acusatórias e inadequadas ao contexto, que raiaram a xenofobia", reconhecendo "o esforço e empenho de todos os envolvidos na resolução da situação" – a GNR de Castro Marim, a santa Casa da Misericórdia de Castro Marim, o delegado de saúde local e os colaboradores do Município, que garantiram o bem-estar dos 15 trabalhadores e a resolução do problema.
 
Em conclusão, o executivo liderado por Francisco Amaral assinala que "este caso lamentável, devia ser o mote para reflexões diplomáticas entre Portugal-Espanha", atendendo a que "já há notícia de que enquanto o espaço aéreo em Portugal está aberto, as fronteiras em Espanha poderão estar fechadas até outubro".