A Comissão de Utentes da Via do Infante voltou a assinalar mais um aniversário da "imposição" das portagens no Algarve.
Deste modo estiveram ontem reunidas mais de três dezenas de pessoas na sede do Motoclube de Faro, onde teve lugar um almoço e foram debatidas as consequências das portagens no Algarve, assim como qual o futuro que se perspetiva para a região.
Segundo nota da CUVI, no início do próximo ano serão agendadas novas ações de luta, podendo ter lugar, em determinado momento, ações surpresa em qualquer ponto do Algarve.
No final do debate foi aprovada uma Moção por unanimidade e aclamação por todos os presentes.
Moção que entre outros aspetos considera que a introdução de portagens no Algarve, constituiu um grave retrocesso para a região, com grandes prejuízos na mobilidade de pessoas e bens, tendo agravado a crise social e económica.
Considerando ainda que os deputados do Partido Socialista (com o apoio do atual Governo), juntamente com os deputados do PSD e do CDS/PP, "continuam sucessivamente a inviabilizar na Assembleia da República todas as propostas para a eliminação das portagens na Via do Infante", foi deliberado exigir ao Primeiro-Ministro que cumpra as promessas que fez à Comissão de Utentes e que proferiu noutros locais, com vista à eliminação das portagens na Via do Infante, com o objetivo de melhorar a mobilidade, o relançamento do desenvolvimento económico e social do Algarve e a redução da elevada sinistralidade na EN125, bem como solicitar ao membro da Comissão de Utentes e atual deputado da República, eleito pelo Algarve, João Vasconcelos, que reconsidere a sua posição de voto no Orçamento de Estado para 2018, caso ainda se mantenham as portagens no Algarve.
Finalmente foi deliberado enviar a Moção, ao Primeiro-Ministro, ao Ministro do Planeamento e das Infraestruturas, ao Presidente da República e aos Grupos Parlamentares da Assembleia da República, e divulgá-la pela comunicação social.
Algarve Primeiro
