Sociedade

Continua «braço de ferro» entre a Refer e a população olhanense

 
 
Após o segundo corte da vedação que impedia a passagem de peões na zona pedonal acima do túnel, «a Refer abriu um fosso para vincar a sua posição e recusa de negociação com a autarquia», adiantou Luciano Jesus.

 
Para o presidente da junta de freguesia de Olhão, «é clara a posição da Refer em não querer negociar uma melhor solução para este problema que se está a tornar cada vez mais grave».
 
O edil acrescentou «foi aberto um fosso para impedir a passagem das pessoas, mas a revolta e o inconformismo deu lugar à colocação de tijolos onde os peões continuam a atravessar a linha em condições cada vez mais complicadas e perigosas».
 
Preocupado com esta realidade que, «mais parece uma marca da ditadura», Luciano Jesus lamenta que, «a Refer não se mostre disponível para aceder ao convite do presidente António Pina para que no local, estudarem a melhor solução».
 
António Pina, presidente da Câmara Municipal de Olhão, já manifestou, por diversas vezes, a sua preocupação com esta realidade, já apresentou alternativas «com poucos custos e que garantem a segurança, nomeadamente a colocação de uma cancela e de um sinal e alerta sonoro», mas até ao momento, a Refer não mostrou qualquer disponibilidade em apreciar individualmente o caso desta passagem sem alternativas para pessoas com mobilidade reduzida em Olhão.
 
Luciano Jesus reforça que, «este impasse negocial parece um “Big Brother” cujas consequências podem ser perigosas».
 
Insistindo em passar no local mesmo com todos os obstáculos colocados pela Refer, «a população está cada vez mais, sujeita à ocorrência de um acidente. Ainda ontem assisti a duas quedas naquele fosso, e percebi a dimensão deste braço de ferro sem fundamento», referiu o autarca da freguesia.
 
Caso os responsáveis pela rede ferroviária continuem nesta posição de afastamento e de desinteresse pelo problema, «teremos de organizar uma manifestação com mais pessoas, reivindicações e que chegue mais longe para ver se somos ouvidos, pois com os pedidos do presidente da autarquia não estamos a conseguir manifestar o interesse em resolver este problema».
 
«É lamentável que, em pleno século XXI se assista a uma vergonha destas», reforçou Luciano Jesus.