Depois de vários anos associada ao norte do país, a “doença dos pezinhos” está a ser cada vez mais recorrente no sul.
A Polineuropatia Amiloidótica Familiar (PAF), conhecida como a “doença dos pezinhos”, foi descrita pela primeira vez na Póvoa do Varzim, pelo neurologista Corino de Andrade.
Com o intuito de divulgar técnicas que evitam o nascimento de embriões doentes num sentido preventivo, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida vai lançar uma campanha informativa junto dos pais de todo o país.
Tratando-se de uma doença hereditária, faz todo o sentido que os pais façam um aconselhamento genético antes de acontecer uma gravidez, o que no sul do país ainda não é uma realidade difundida.
Neste sentido, o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) está preocupado com o aumento de casos de paramiloidose (“doença dos pezinhos”) no sul e vai lançar uma campanha informativa sobre um diagnóstico que permite aos filhos dos doentes nascerem saudáveis.
O responsável pelo mesmo organismo, Eurico Reis salienta que, a doença está a diminuir no norte do país [onde inicialmente foi identificada], mas a agravar-se no sul.
Citado pela TVI, Eurico Reis sublinha que, apesar da possibilidade do transplante hepático e de alguma medicação, existe um método que permite evitar o nascimento de uma criança com a doença, já que esta é uma patologia hereditária.
Trata-se do Diagnóstico Genético Pré-Implantação (DGPI), uma técnica de Procriação Medicamente Assistida (PMA) que consiste na análise às células do embrião, nos primeiros dias do seu desenvolvimento.
O objetivo é que só os embriões saudáveis sejam transferidos para o útero.