Como é do conhecimento público, o vulcão da Ilha do Fogo, em Cabo Verde, entrou em erupção no passado dia 24 de novembro.
Trata-se de um fenómeno recorrente, mas esta erupção ameaça ser mais violenta e com consequências mais graves para as populações da Ilha do Fogo, em particular os residentes na zona de Chã das Caldeiras, do que as verificadas em 1950 e 1995 (a última erupção registada).
Atendendo à situação vivida na Ilha do Fogo, o Conselho Executivo da Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento, do qual Faro pertence, reuniu, nos Paços do Concelho de Odivelas, com caráter de urgência, na passada quarta feira, 17 de dezembro, tendo deliberado, coordenar, o estabelecimento de contatos com os interlocutores locais - Municípios de S. Filipe, Mosteiros e Santa Catarina - tendo por objetivo proceder à recolha de informação e orientações que permitam o desenvolvimento, com brevidade, da ação humanitária que seja destinada ao auxílio aos desalojados; elaborar um plano de ação, o qual deverá incluir todas as atividades a promover e a sua calendarização, bem como, propostas de partilha dos eventuais encargos entre os municípios da rede; realizar, o mais breve possível, uma missão técnica de avaliação no terreno que permita, validar as opções relativas à ação humanitária de emergência; preparar toda a logística de desenvolvimento da ação; recolher informação para o desenvolvimento da(s) ação(ões) de apoio à reconstrução e a realização de uma campanha pública destinada à recolha de bens e/ou apoios financeiros, protagonizada pela Rede com o nome “Em Rede com a Ilha do Fogo”.
O que é a Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento:
A Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento, da qual Faro é membro fundador, tem por finalidade envolver as autoridades locais e os atores estatais e não estatais em torno de projetos ligados à cooperação, que vão para além das geminações entre municípios, fomentando ações de desenvolvimento na área da educação, da formação profissional, mas também na instalação de redes de saneamento ou abastecimento de águas e na sua gestão ou, ainda, na promoção de projetos de investimento junto das comunidades com as quais estes municípios têm laços de afinidade, designadamente as lusófonas.
Esta rede é composta pelos municípios de Amadora, Arraiolos, Faro, Grândola, Loures, Maia, Marinha Grande, Miranda do Corvo, Moita, Odivelas, Oeiras, Palmela, Seixal e Setúbal exercendo o nosso Município a Presidência do Conselho Fiscal.
