Segundo comunicado da GNR, na operação de fiscalização à loja, os militares da Guarda verificaram que a mesma "tinha para venda produtos com substâncias proibidas, para uso recreativo, entre os quais preparações de plantas para fumar e géneros alimentícios, bem como produtos destinados a fins cosméticos e medicinais sem a devida autorização da entidade competente".
A força de segurança destaca a presença de tetrahidrocanabinol (THC) em muitos dos produtos, "substância com efeitos psicoativos presente na planta da canábis, cuja detenção e venda, fora das disposições legais, constitui crime".
Da operação resultou a apreensão de 41 frascos contendo liamba; 446 cigarros manufaturados contendo liamba; 73 saquetas de produtos com THC contendo liamba e haxixe; 66 produtos cosméticos contendo CBD; 111 produtos variados sem rotulagem na língua portuguesa.
Os factos foram comunicados ao Tribunal Judicial de Loulé, uma vez que detenção e venda de substâncias que contêm THC, constitui a prática de um crime de tráfico de estupefacientes.
Foram ainda elaborados dois autos de contraordenação, nomeadamente: por venda de produtos destinados a fins medicinais sem autorização da entidade competente e por venda de produtos sem rotulagem na língua portuguesa.
A operação contou com o reforço de militares da Unidade de Controlo Costeiro e de Fronteiras e a colaboração da Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE).
A GNR alerta para os riscos associados ao consumo de substâncias com efeitos psicoativos e recorda que a venda de produtos derivados da canábis obedece a normativos europeus e nacionais bastante restritos, com regras definidas desde o cultivo da planta até à venda ao consumidor final.