O Tribunal Administrativo e Fiscal de Loulé determinou que “não pode a entidade requerida iniciar ou prosseguir a execução dos atos de tomada de posse administrativa e demolição das edificações existentes na Ilha do Farol Nascente”.
Após esta decisão divulgada hoje, os elementos da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa que se deslocaram à ilha do Farol, para tomarem posse de construções consideradas ilegais, não puderam continuar o processo.
Recebidos por duas centenas de manifestantes, os elementos da comitiva da Sociedade Polis e da Polícia Marítima que os apoiavam, tiveram de recuar.
Como não seria de admirar, dado o desenvolvimento dos acontecimentos, os manifestantes bloquearam a ponte de acesso à ilha entoando palavras de ordem e erguendo cartazes contras as demolições.
É desta forma que, Feliciano Júlio, Presidente da Associação de Moradores Ilha do Farol, acredita que os proprietários vão conseguir ganhar algum tempo e que o “prémio” seria a legalização das habitações.
António Cabrita manifestou o seu agrado face ao recuo da Sociedade Polis.
Para o advogado que representa o município de Olhão num processo contra a Polis, “a desmobilização dos elementos daquela sociedade deveu-se a um despacho complementar para lhes explicar o procedimento a tomar.”
Após uma curta reunião com os representantes da Sociedade Polis Litoral Ria Formosa que não chegaram a sair do cais de embarque da Ilha, António Cabrita mostrou-se visivelmente satisfeito com a conquista neste passo importante.