Artesanato, música, artes visuais, animação de rua e atividades para a família são os ingredientes para as comemorações dos 500 anos da do Convento de Nossa Srª da Assunção, hoje Museu Municipal de Faro.
Até domingo, o evento “Mercadium”, comemora a data do antigo convento de Nossa Senhora da Assunção, edificado em 1519.
Durante 3 dias, a vila adentro, mais precisamente o antigo convento, o quintalão do museu, o Largo Afonso III e as ruas do castelo e do repouso vão estar animados com artesanato, música, desenho digital na fachada do museu e atividades para os mais jovens.
Os festejos começam esta sexta-feira, pelas 17h00, prolongando-se até às 00h00.Sábado e domingo terão início às 12h00 e terminam à meia-noite.
O programa contempla atividades infantis e juvenis com um carrossel em madeira e uma zona infantil para ocupação dos mais novos. Conta ainda com a participação da restauração da Vila Adentro, com a confeção de menus especiais dedicados à efeméride.
Segundo a autarquia, organizadora do evento que tem entrada livre, "a aposta estará na recuperação do ambiente urbano, social e económico de Faro na época quinhentista, com referências ao passado e também aos tempos da atualidade".
O antigo convento de Nossa Senhora da Assunção é um dos postais da arquitetura histórica da cidade velha de Faro.
Conforme explica o Município, este edifício, classificado como Monumento Nacional, tem a sua principal atração no claustro, não só pela beleza estética, mas também pelo facto de ter sido um dos primeiros exemplares protorenascentistas em Portugal.
A sua origem data do século XVI, mais precisamente ao ano de 1519, e deve-se a 2 freiras de Beja que decidiram instalar neste local uma comunidade de clarissas, contando para esse efeito com o alto patrocínio régio de D. Leonor e D. Catarina. O convento seria concluído por volta de 1550, dispondo das instalações e serviços necessários para os bons ofícios religiosos. Não faltavam capela, dormitórios, biblioteca e casa da madre. Seria assim até ao século XIX, altura em que o convento dá lugar a uma fábrica de cortiça, alterando o espaço e os seus usos. No século seguinte, na década de 60, tornava-se morada da biblioteca e do museu municipal.
Hoje, o antigo convento é um equipamento cultural e museológico de referência da região, com cerca de 35.000 visitantes anuais.