Sociedade

Município de Lagos e Liga dos Combatentes descerram placa evocativa do Centenário da Grande Guerra

 
 
 
O programa que a Câmara Municipal de Lagos e o Núcleo de Lagos da Liga dos Combatentes prepararam para assinalar o Centenário da I Guerra Mundial arrancou no passado dia 19 de outubro, numa cerimónia militar que decorreu junto ao Monumento aos Mortos da Grande Guerra, na Praça Luís de Camões.

 
A Presidente da Câmara Municipal de Lagos, Maria Joaquina Matos presidiu à cerimónia que, para além do restante executivo municipal, contou com a presença de forças militares, membros da Liga dos Combatentes e vários convidados. 
 
A iniciativa, que teve início com a deposição de uma coroa de flores e homenagem aos Mortos caídos em defesa da Pátria, foi antecedida por vários momentos culturais conduzidos pelo grupo Nova Filarmonia da Academia de Música de Lagos e por Silménia Magalhães do Teatro Experimental de Lagos, que declamou um texto alusivo a este episódio da história mundial.
 
Depois de terem sido prestadas as honras militares e um capelão ter proferido uma invocação religiosa, recordando todos os militares de Portugal que perderam a vida durante esta Guerra, tomou a palavra o Presidente da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lagos, Viegas Gonçalves, que antes de ler a mensagem do Presidente da Liga dos Combatentes (a nível nacional), Tenente-General Joaquim Chito Rodrigues, não quis deixar de endereçar algumas palavras a todos os presentes na cerimónia. “É em nome de todos os que tombaram nesta guerra sangrenta que aqui estamos hoje”, recordou, deixando de seguida bem claro que “nunca será demais relembrar o nosso Governo a importância dos militares para Portugal”. Frisando o facto de “terem sido todos estes combatentes que mudaram o nosso futuro comum como país”, Viegas Gonçalves defendeu convictamente que “honrá-los hoje, e sempre, é o mínimo que podemos fazer”. 
 
A Presidente da Câmara Municipal de Lagos proferir uma breve alocução. No seu discurso, Maria Joaquina Matos começou por explicar que esta evocação insere-se na programação que o Núcleo de Lagos da Liga dos Combatentes e a Câmara Municipal organizaram e que, “tal como por esse país fora, recorda os anos negros de 1914 a 1918, com um conjunto de atividades, para que a memória do sofrimento e dos horrores desses tempos não se perca e que a Paz seja valorizada e defendida como o maior bem dos Povos”. Recordando que “na Batalha de La Lys, uma das mais sangrentas desta guerra, cerca de 7 mil soldados portugueses, mal equipados e mal preparados, filhos de um povo simples e carregando uma enorme inexperiência militar perderam a vida”, a autarca prestou a sua homenagem lendo o poema de Fernando Pessoa “O Menino de Sua Mãe”.
 
De seguida, foi lida a mensagem do Comandante Supremo das Forças Armadas, Cavaco Silva.
 
A cerimónia terminou com o descerramento de uma Placa Evocativa do Centenário da Grande Guerra, pela presidente da autarquia, acompanhada pelo presidente da Liga dos Combatentes do Núcleo de Lagos.
 
Refira-se que este momento marcou o arranque da programação em Lagos que, em novembro e até 13 de dezembro, se subordina ao mote “A Guerra pela Paz”, que pretende acrescentar conteúdo cívico, memória histórica e dimensão humana à evocação militar que teve lugar neste dia 19 de outubro e, igualmente, dar enfoque à ideia da Paz e da necessidade da sua defesa, e da “guerra por ela”.