Sociedade

Portagens “vão amanhã” ao parlamento

 
Com a Via do Infante no dossier, o tema das portagens vai ser debatido amanhã no parlamento.

 
As associações aguardam com expetativa, enquanto que a população reclama uma alternativa à caótica EN125 que, com as obras de beneficiação, acumulam filas de grande extensão. 
 
Ao mesmo tempo, todos são unânimes de que, o pagamento de portagens no Algarve é um entrave ao desenvolvimento da economia local.
 
Está marcado para amanhã o debate sobre a implementação de reduções ou eliminação das portagens nas antigas Scut (vias sem custos para o utilizador) A22, A23, A24 e A25.
 
Passados quatro anos de portagens e de lutas, o tema vai ser debatido com vista a encontrar alternativas.
 
O Algarve Primeiro sabe que, o PS vai propor a redução do valor das portagens para "permitir às pessoas e empresas que estão em zonas menos favorecidas do país terem argumentos de concorrência e de mobilidade".
 
Ainda que o desejasse, o Partido Socialista afasta para já, a hipótese de abolição do pagamento, uma vez que, “é necessário fazer esforço de equilíbrio orçamental".
 
Por seu lado, os deputados do PSD excluem também a eliminação dos pórticos, porque defendem o princípio do utilizador-pagador.
 
"Não sendo o utilizador a pagá-las, serão os contribuintes".
 
O CDS-PP, por seu turno, vai recomendar ao Governo a redução, em pelo menos 50%, do valor da portagem na A22 (Via do Infante), no Algarve, até que as obras da EN125 estejam concluídas.
 
"Tendo em conta as características específicas do Algarve, que assenta toda a sua economia no turismo, (...) propomos até à conclusão das obras uma redução de 50% das portagens no Algarve".
 
Do lado do PCP, será proposta a eliminação das portagens na A23 (Torres Novas-Guarda), A24 (Viseu-Vila Real), A25 (Aveiro-Vilar Formoso), na Via do Infante e na autoestrada transmontana (A4).
 
"Entendemos que é necessário retirar fardos dos ombros das populações e das economias regionais. Só dessa maneira conseguimos melhorar a mobilidade nas regiões do interior do país, combater as assimetrias que existem entre o interior e o litoral e combater a desertificação que afeta distritos do interior do país".
 
Em linha com a eliminação de pórticos está também o BE que pretende a abolição das portagens naquelas vias "em nome de uma política de portagens que existia antes do anterior Governo e que parecia muito mais potenciadora das acessibilidades para as regiões do interior e para as regiões menos desenvolvidas do nosso território e favorecedoras de um equilibro, a prazo, das atividades económicas e das condições de vida das famílias e empresas que exercem atividade no interior do país".
 
O PEV propõe apenas a abolição de taxas de portagens na autoestrada transmontana (A4), por considerar que serve "regiões cujos indicadores de desenvolvimento socioeconómico indicam que são inferiores à média nacional" e por considerar que "não existem alternativas" a essa via.