O cenário repete-se todos os anos. Os portugueses querem gastar menos, mas acabam por fazer uma extensa lista de destinatários para os seus presentes, o que os leva a um verdadeiro exercício de imaginação para cumprir os desejos.
As crianças são a prioridade, mas “há sempre um ou outro adulto que passa a um regime de exceção”, dizem os inquiridos.
No topo das preferências para presentes estão as roupas que, “por fazerem sempre falta”, são uma garantia de um investimento bem aplicado.
Os brinquedos também estão na lista, sendo que os pais não resistem em oferecer aos mais novos aquele carro, jogo ou boneca há tanto sonhada pelos mais pequenos.
São 50% os pais que assumem não resistir aos pedidos dos filhos por ganhar um brinquedo especial no Natal. Já os avós são quem melhor resiste à tentação das compras nesta altura do ano, pois afirmam não ter dinheiro, nem querer alimentar o consumismo que se vive em torno da chegada do Pai Natal.
Os mais velhos optam por marcar a presença do Natal com chocolates para os mais novos, meias e os célebres pijamas. Alguns avós vão mais longe e compram umas peças de roupa para os netos, mas o universo acima dos 65 anos é quem melhor resiste às compras nesta altura do ano.
Os mais jovens são quem continua a viver a quadra natalícia com mais entusiasmo e, no topo das preferências, estão as tecnologias, os jogos de computador e o material informático.
O mês de Dezembro já chegou e, com ele o natural movimento e ansiedade em torno dos presentes. O negócio é positivo para todos, sendo que, os centros comerciais estão no topo das preferências como locais onde há de tudo um pouco e se “poupa tempo” para quem não dispõe de muita imaginação para criar alternativas.
Os super e os hipermercados também são um ponto obrigatório de visita nesta altura do ano, já que conseguem apresentar produtos diferentes e que cativam os consumidores. O comércio tradicional cumpre a função e marca a sua importância na quadra natalícia para todos quantos apreciam a singularidade e dedicar algum tempo a escolher um presente especial.
As lojas com produtos chineses também ajudam a comprar um presente diferente e é o local de visita de um grupo mais idoso.
Não menos relevante, os mercadinhos de Natal vão ganhando expressão junto de miúdos e graúdos que acabam por se identificar com um qualquer objeto e idealizar a quem o vai destinar. Nesta altura, os mercados solidários também são uma aposta, já que se ajuda enquanto se oferece um presente a alguém especial.
O espírito de natal já chegou, com muitas cidades a brindar os consumidores com a iluminação alusiva à quadra, o que rapidamente enche o comércio de pessoas e de uma emoção que só se vive nesta altura do ano.
Algarve Primeiro
