A cerimónia de lançamento da 1ª pedra do Cemitério para Animais, em Lagos, decorreu hoje junto ao canil municipal.
A construção deste equipamento foi um dos três projetos mais votados do Orçamento Participativo de Lagos 2016, e estará pronto no decorrer do mês de junho, será o primeiro do Algarve e o terceiro a nível nacional.
Conforme refere nota da autarquia, a obra contempla a construção, numa primeira fase, de um módulo de inumação aeróbia com 39 unidades, de dimensões diferenciadas para animais de grande, médio e pequeno porte, bem como o arranjo de espaços verdes exteriores, nomeadamente mobiliário urbano e a construção de uma arrecadação.
A empreitada foi adjudicada à firma OCM – Obras, Construção e Manutenção, Lda., pelo valor de € 41.224,58, acrescido de IVA, com um prazo de execução fixado em 75 dias.
António Marques, coordenador e representante da empresa autora do projeto apresentou, em linhas gerais a obra, começando por dizer que este seria “um espaço simbólico e de memória”, lembrando a propósito palavras de São Francisco de Assis que falava dos animais “como sendo também nossos irmãos”. De acordo com este responsável, a obra, que se prevê que esteja concluída no decorrer do mês de junho, irá arrancar com 39 unidades de inumação, “ainda que, considerando depois a procura, o número possa duplicar ou mesmo triplicar, dentro da área disponível para o efeito”.
Para Maria Joaquina Matos, a Presidente da Câmara Municipal de Lagos, “estamos todos de parabéns, mas muito especialmente a proponente deste projeto, Cecília Paula do Carmo, também presidente de uma das mais importantes associações para a Defesa dos Animais – Associação Cadela Carlota - que tem abraçado desde há muitos anos, esta causa”.
Referindo que “este é um projeto pioneiro no Algarve, e o 3º a nível nacional (apenas existem cemitérios para animais no Jardim Zoológico de Lisboa e no distrito de Aveiro - Santa Maria de Feira), a autarca frisou que “esta era uma homenagem e um sinal de respeito para com os nossos animais, proporcionando-lhes uma digna última morada. Este é o primeiro passo da construção de um local de afeto e ternura para os nossos animais de companhia, dando igualmente corpo à nova legislação que entrou em vigor nesta área. Ou seja, para Maria Joaquina Matos esta infraestrutura passará a dotar o Município de Lagos “de um local digno e em consonância com o princípio consagrado no artigo 13.º da Declaração Universal dos Direitos dos Animais segundo o qual «o animal morto deve de ser tratado com respeito»”.
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