Política

PSD defende revisão de preço cobrado por Km na Via do Infante

 
O PSD desafiou o PS a assumir uma posição "concreta" sobre a cobrança de portagens na Via do Infante.

 
Num debate que teve lugar na Assembleia da República no seguimento de um projeto de resolução, sem carácter vinculativo, de suspensão da cobrança de portagens, apresentada pelo PCP e pelo BE, o PSD referiu "ser necessário a curto prazo fazer uma reavaliação dos valores cobrados por quilómetro e ainda uma reformulação do método de cobrança realizado na fronteira com Espanha situada na Ponte Internacional do Guadiana, com o sistema a não responder nem servir o Algarve" tendo os deputados do PSD solicitado a sua alteração à Estradas de Portugal.
 
Os deputados do PSD, adiantam que "os dados que hoje possuímos permitem-nos verificar que no último ano foi registado um aumento de 19% de tráfego na Via do Infante e de 38% das receitas, valores que devem levar o Governo a equacionar uma reformulação no valor cobrado por quilómetro na Via do Infante".
 
Os parlamentares, entendem "que se o preço baixar substancialmente teremos maior utilização da infra-estrutura, benefício para os utentes com ganhos de mobilidade também na EN 125, a salvaguarda da receita para as Estradas de Portugal para fazer face aos compromissos dos custos com a parceria público-privada que abarca indevidamente toda a extensão da Via do Infante, mais economia e maior mobilidade". 
 
Os mesmo deputados destacam que "não é comportável manter o método de cobrança atualmente utilizado na fronteira com Espanha por se ter comprovado que, em momentos de grande afluência, este demonstra ser pouco eficaz, provocando inúmeros constrangimentos a quem nos visita".
 
No debate que teve lugar na Assembleia da Republica o PSD refere ainda que confrontou o PS "com as posições ambíguas que tem assumido", exigindo aos Socialistas, a sua posição. 
 
Foi ainda a debate a EN 125, com o PSD a mostrar-se contra este tipo de “venda” de uma estrada pública tendo referido que graças a "intensas" renegociações foi possível defender o interesse público e concluir obras fundamentais para o Algarve, como é o caso da Variante Norte de Faro, das circulares de Lagos e de São Lourenço/Troto (Concelho de Loulé) e promovendo poupanças no valor de mais de 160 milhões de euros não serão necessários pedir aos contribuintes.