A formação algarvia – que iniciou a época com o treinador José Mota, sucedido por Tozé Marreco após a sexta ronda – chegou à 34.ª e derradeira jornada com hipóteses de manter-se na I Liga, mas falhou esse objetivo por culpa própria, sem aproveitar os desaires de Estrela da Amadora e AVS.
Alguns dos jogadores que constituíam a ‘espinha dorsal’ da promoção e do 10º lugar da época anterior saíram na pré-época, o que levou o Farense a contratar um total de 22 jogadores nas duas janelas de transferências (16 no verão, mais seis no inverno), a grande maioria sem impacto concreto no futebol algarvio.
Também o Estádio de São Luís, outrora uma autêntica ‘fortaleza’, deixou de ser um dos pontos fortes dos algarvios, apesar da boa média de espetadores.
O Farense fez, à 26.ª participação, a sua pior época de sempre no primeiro escalão na condição de visitado (três vitórias e dois empates, em 17 partidas), sendo que recebeu os três ‘grandes’, por opção financeira, no Estádio Algarve, somando três derrotas.
Depois de um ciclo de seis desaires no arranque – o pior da temporada –, que levou à saída de Mota, Tozé Marreco chegou a Faro e foi somando pontos, com duas vitórias e cinco empates numa sequência de oito encontros que chegaram a colocar os algarvios no 16.º posto, à 18ª jornada.
Quatro derrotas seguidas no início da segunda volta, da 19.ª à 22.ª rondas, voltaram a arrastar o Farense para a zona de despromoção direta.
Os algarvios, que chegaram à 29.ª ronda com três vitórias, somaram outros tantos triunfos no espaço de cinco encontros e reacenderam a esperança da manutenção à entrada para a última jornada, em que perderam com o Santa Clara quando bastaria um empate para chegar ao play-off.
Mesmo com a descida, os guardiões Ricardo Velho e Kaique, utilizado nas rondas finais face à lesão do primeiro, deixaram as melhores impressões, numa equipa que teve na concretização a sua principal pecha.
Com números ainda assim fracos, o avançado espanhol Darío Poveda – quatro golos, três deles decisivos em vitórias, em cerca de 1.000 minutos de utilização – e o capitão Marco Matias – três golos e três assistências – foram os dois elementos mais eficientes em termos ofensivos.
Lusa