Comportamentos
Sabe o que é a Síndrome de Pânico?
Entende-se por Síndrome de Pânico o tipo de transtorno de ansiedade no qual ocorrem crises inesperadas de desespero e medo intenso de que algo de negativo nos aconteça. Quem sofre desta síndrome apresenta sinais de alarme frequentes, mesmo que não exista um motivo real e concreto para que tal ocorra.

 
Estas pessoas sofrem de crises de medo agudo e recorrente e de forma inesperada, ou seja, que escapa ao seu próprio controle.
 
Além disso, as crises são seguidas de preocupação persistente com a possibilidade de ter novos ataques e com as consequências desses ataques, o que acaba por dificultar a rotina diária, já que a pessoa está sempre sob pressão e com medo de sofrer um ataque cardíaco.
 
Muitas vezes confunde-se a Síndrome de Pânico com a ansiedade, ainda que existam algumas diferenças importantes. No primeiro caso, as crises são imprevisíveis e muito mais intensas e, enquanto que, a ansiedade tem causas mais lógicas e concretas, como um desafio a ser enfrentado ou uma situação delicada que está para ocorrer, a crise de pânico não tem uma causa ou motivo concretos. Surge de forma inesperada e sem uma razão.
 
Segundo os especialistas, cerca de 70% dos casos da síndrome acontecem entre mulheres, principalmente jovens na faixa etária dos 15 aos 25 anos.
 
Esta síndrome tem tratamento sendo que, a combinação de medicamentos com a psicoterapia, têm surtido efeitos muito positivos nas pessoas que dela padecem. O médico psiquiatra é o especialista que melhor sabe avaliar e dar seguimento a este transtorno, pelo que deverá ser o primeiro contacto a efetuar quando apresenta alguns dos sintomas.
 
É também importante saber que a síndrome de pânico é apenas um dos transtornos de ansiedade existentes. Segundo médicos e especialistas, o ambiente socioeconómicos como pobreza e desemprego, além do estilo de vida das grandes cidades têm contribuído para o aumento de casos de transtornos que precisam de um acompanhamento e o devido tratamento. Para além da Síndrome de Pânico e da ansiedade, são de evidenciar também:
 
a) Stress pós-traumático – eventos traumáticos como um grande assalto, por exemplo, podem causar sintomas de stress que se estendem por dias, meses e até anos. Entre os mais comuns estão a reexperiência traumática e a hiperexcitação ou hipoexcitação psíquica.
 
b) Fobia social – é uma ansiedade intensa e persistente perante situações de desempenho em público ou de interação social. São pessoas que tremem, suam e ruborizam diante de qualquer exposição pública e que sofrem por antecedência quando sabem que terão de interagir com outras num evento social.
 
c) Transtorno de ansiedade generalizada – ansiedade persistente e excessiva com atividades ou eventos, mesmo os mais comuns, de rotina. A preocupação é desproporcional à circunstância real, sendo difícil controlar e afeta a maneira como a pessoa se sente fisicamente.
 
d) Transtorno obsessivo-compulsivo – o paciente tem obsessões e compulsões repetidas. As compulsões são atos repetitivos que tentam a aliviar a ansiedade causada pelas obsessões e podem manifestar-se, por exemplo, como uma mania de lavar as mãos repetidamente ou de verificar Exaustivamente se  as portas estão fechadas.
 
e) Agorafobia – transtorno de ansiedade em que a pessoa teme e muitas vezes evita lugares ou situações que podem fazer com que entre em pânico.
 
Principais sintomas do Transtorno de Pânico: perda do foco visual; dificuldade em respirar; sensação de irrealidade; suor frio; boca seca; pensamentos catastróficos e medo da morte iminente.
 
Se sofre deste transtorno, peça ajuda atempada, pois essa atitude pode fazer uma grande diferença na sua liberdade, bem-estar e qualidade de vida.
 
Fátima Fernandes