Segundo adianta o Sindicato em comunicado, "apesar de repetidas tentativas de diálogo com a Câmara Municipal de Faro, os problemas permanecem sem solução, agravando-se diariamente e colocando em risco a segurança dos Bombeiros e a qualidade do socorro prestado à população".
Segundo os sindicalistas, a sala do bombeiro está em obras e foi transformada em refeitório, contudo, "não apresenta condições adequadas para essa finalidade". A camarata masculina foi transferida para o gabinete do comandante de permanência às operações, dificultando o descanso e a audição dos alarmes internos dentro da camarata. A sala de gabinete do chefe de serviço passou a ser uma camarata feminina.
No comunicado, lê-se que o refeitório continua "sem as mínimas condições higiénicas, com eletrodomésticos degradados, sendo que muitos deles resultaram de ofertas de cidadãos". A sala dos cacifos "mantém-se num barracão de madeira sem melhorias, e independentemente do aumento do número de efetivos, os cacifos são os mesmos, velhos e desadequados". Os balneários, apesar de recentemente renovados, estão sem água quente desde dezembro de 2024, "tornando-se um problema crítico durante o inverno".
O Sindicato fala também da "alarmante degradação", em que muitos dos veículos de emergência se encontram: como o Veículo Ligeiro de Combate a Incêndio (VLCI) 04, que não tem condições para circular na estrada; o Veículo Rural de Combate a Incêndios (VRCI) 03, com mais de 35 anos de serviço e o Veículo de Socorro e Assistência Técnica (VSAT), que foi reprovado na inspeção devido ao peso excessivo estando inoperacional há cinco anos.
Uma ambulância está inativa por falta de certificação do INEM; outra ambulância foi convertida num Veículo de Comando e Comunicações (VCOC), mas não possui meios de comunicação adequados, e o autotanque não tem manutenção regular dos pneus e das bombas ao longo do ano.
O mesmo documento reivindica melhores condições para armazenar os equipamentos de proteção individual: "continuam armazenados em condições inadequadas e expostos a pó de amianto, sendo que é uma substância nociva para a saúde pública. Já houve casos graves de problemas de saúde entre os Bombeiros, incluindo um falecimento devido a cancro do pulmão", descreve o Sindicato.
Entre outras situações reportadas, está a escala de serviço que continua inacessível, sendo disponibilizada apenas por QR Code, dificultando a organização pessoal dos bombeiros.
Perante a ausência de resposta por parte do Município, são exigidas medidas "imediatas e eficazes" por parte das autoridades competentes, "garantindo instalações adequadas, equipamentos operacionais e condições de trabalho dignas, essenciais para um serviço de socorro eficiente e seguro", conclui o documento.