Seguindo a filosofia da exposição “LOULÉ - Territórios, Memórias e Identidades”, a Câmara de Loulé em parceria com a Direção Geral de Património Cultural e a Direção Regional de Cultura do Algarve celebrou esta manhã, nos Paços do Concelho, um protocolo que tem em vista a preparação da exposição “Com os pés na terra e as mãos no mar – 6 mil anos de História de Quarteira”.
Uma mostra que ficará patente na cidade de Quarteira e que será inaugurada no dia 13 de maio de 2021.
Até à inauguração será realizado trabalho ao nível da inventariação e estudo de bens culturais para integrar o acervo, mas também, estão previstas sessões com a população e a participação de dezenas de investigadores, com a curadoria de Rui Parreira, Chefe dos Serviços Arqueológicos da Direção Regional de Cultura do Algarve.
Vítor Aleixo, começou por realçar a presença de António Carvalho, em representação da Diretora-Geral do Património Cultural, que não pôde estar presente, mas também por ser o diretor do Museu Nacional de Arqueologia, que recebeu durante 2 anos e 2 dias a exposição visitada por milhares de pessoas - “LOULÉ - Territórios, Memórias e Identidades”.
O autarca reforçou que a exposição de Quarteira «procura que a sua raiz seja mostrada pelo orgulho que temos da sua história». Sendo uma terra turística, o Presidente da Câmara de Loulé, defende que o turismo atual precisa de aceitar a oferta ligada ao património, aos costumes e tradições das pessoas, ou seja «a sua identidade».
O edil referiu que há capítulos da história de Quarteira que não estão bem contados, sendo necessário investigar de uma forma profunda todo esse percurso no tempo, desde o período Romano, passando pela atividade agrícola onde terão existido os primeiros exemplos de mão-de-obra escrava, mas também a cultura ligada à comunidade piscatória fortemente vincada na evolução da Freguesia.
Para que todo o trabalho tenha impacto e seja aberto a todas as fontes colaborativas possíveis, Vítor Aleixo confirmou que os quarteirenses vão ser chamados a intervir na "construção" da exposição, estando prevista uma comissão de honra, liderada por um reconhecido quarteirense - Isidoro Correia, para ouvir a comunidade local.
Adriana Freire Nogueira, Diretora Regional de Cultura do Algarve, realçou o papel de Rui Parreira, como Comissário Geral da exposição, referindo-se a ele, como «um homem que sabe muito e é sensato».
Rui Parreira-Comissário Geral da exposição e Vítor Aleixo - Presidente da CM Loulé
Para a responsável é preciso valorizar o património, e nesse sentido a exposição irá mostrar «que a história de Quarteira é uma história antiga, com realce para o seu património imaterial, sendo também uma mais-valia no segmento do turismo cultural».
António Carvalho, diretor do Museu Nacional de Arqueologia deu os parabéns à Câmara Municipal de Loulé, por mais esta aposta, mas também pelo sucesso que foi a exposição “LOULÉ - Territórios, Memórias e Identidades” que «foi única e não se repete, com mais de 263 mil visitantes».
Segundo este convidado a exposição de Loulé, foi «a face visível do iceberg, que atualizou a carta arqueológica do concelho de Loulé, fundamental quando pensamos na gestão urbanística, de um projeto, de uma via pública ou infrastrutura, ou ainda de uma iniciativa privada, a questão do restauro dos bens culturais, a virtualização na internet ou os catálogos, tudo isso, foram passos visíveis desse iceberg que a exposição permitiu aflorar».
Em declarações ao Algarve Primeiro, Telmo Pinto - Presidente da Junta de Freguesia de Quarteira, aplaudiu o projeto do Município dizendo «que as pessoas revêem-se nesta história, há uma grande espetativa da população. Pensando no turista, este já não vem só para o sol e mar, mas também na procura da identidade da terra e da comunidade».
Para o autarca, a exposição vai ser «um museu de tudo sobre a história de Quarteira, colhendo o reconhecimento das pessoas», enalteceu.