Sociedade

História de Loulé em banda desenhada é uma obra com "muito simbolismo"

 
 
Teve ontem lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho, a apresentação do livro “Os Segredos de Loulé: Uma história em Banda Desenhada”, que contou com a presença dos autores João Miguel Lameiras e João Ramalho Santos (argumento) e André Caetano (arte).

 
Segundo explicaram os autores ao contrário de outros projetos institucionais deste tipo, neste caso enveredaram por um relato amplo e original, num registo de ficção-científica, que recua ao mais distante passado, e percorre a história da cidade e concelho até ao futuro.
 
A obra “Os Segredos de Loulé” opta também por se apoiar nos diálogos em vez da narração “em off”, como é costume nas obras desta temática.
 
Para além de incorporar nos desenhos de André Caetano imagens reais de objetos como o Foral de Loulé, ou usar o padrão dos mosaicos encontrados no Cerro da Vila, em Vilamoura, como moldura das páginas dedicadas ao período romano, “Os Segredos de Loulé” não esquece também as bandas desenhadas que antes dele destacaram a região de Loulé e as suas figuras históricas.
 
Os autores revelaram aos presentes em tom de brincadeira, que depois de Loulé, a proposta será feita a outros Municípios da região.
 
Realçaram também a "liberdade de trabalho", e o incentivo da parte do Presidente da Câmara de Loulé, na investigação de tudo o que fosse relevante na história de Loulé.
 
O autarca Vítor Aleixo, visivelmente satisfeito com o produto final, referiu «tratar-se de uma obra com muito simbolismo, na medida em que mostra de uma forma simples, fácil mas com rigor e estética a história de Loulé». 
 
 
O edil salientou que «numa altura em que tudo se liga, se igualiza e se normaliza, há a necessidade de fazer uma espécie de contra-peso, aos rebuscarmos das nossas profundezas o papel da nossa história, daí esta obra ter uma grande utilidade social, o catalisador da ideia foi a descoberta extraordinária do anfíbio gigante de Loulé, o Metoposaurus algarvensis, com 223 milhões de anos, e sei que foi uma grande motivação dos autores em pegarem nesta grande descoberta».
 
Vítor Aleixo confidenciou que já leu duas vezes a obra, deixando o convite para que as escolas «utilizem esta ferramenta muito interessante, para os professores poderem abordar diversos temas, como a questão da biologia ou o problema das alterações climáticas, pelo que serão distribuídos livros nas escolas do 4º ao 12º ano».
 
O responsável autárquico informou que foi lançado um concurso público para a impressão da obra, tendo sido feita na Polónia, «por ter o preço mais barato numa tiragem de 10 mil exemplares, mas também mandámos fazer uma edição em inglês, porque sabemos que há alunos, como é o caso do Colégio Internacional de Vilamoura que têm o seu currículo escolar em inglês, e também porque temos muitos turistas interessados na história de Loulé».  
 
No final houve tempo para uma sessão de autógrafos, com a oferta de livros a todos os presentes.