Ambiente

Algar comemora 30 anos de atividade com aposta em soluções "integradas e inovadoras"

Compostagem de resíduos verdes de São Brás de Alportel
Compostagem de resíduos verdes de São Brás de Alportel  
Fotos - ALGAR
A Algar – Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos S.A. comemora hoje, 30 anos de atividade. Fundada em 1995, a empresa refere que tem vindo a apostar em soluções "integradas e inovadoras" para a recolha, triagem, valorização e tratamento de resíduos urbanos.

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“Celebramos 30 anos com orgulho nos resultados alcançados: mais de 10 milhões de toneladas de resíduos tratados, centenas de milhares de toneladas recicladas e energia renovável gerada a partir de resíduos, com impacto direto na qualidade de vida e na sustentabilidade da região. Estes números refletem o nosso compromisso com o Algarve, mas também nos desafiam a fazer mais e melhor. O futuro passa por reforçar a eficiência operacional, modernizar infraestruturas e apostar em soluções tecnológicas, como a Inteligência Artificial, para continuarmos a transformar resíduos em recursos — ao serviço de um Algarve mais verde, mais circular e mais preparado para os desafios ambientais que se avizinham.”, explica Telma Robim, presidente da comissão executiva da Algar.

Estação de tratamento de águas lixiviantes de Portimão

Numa nota enviada ao Algarve Primeiro, a empresa deixa alguns números do seu desempenho nas últimas três décadas: 

• Mais de 10,8 milhões de toneladas de resíduos sólidos tratados, incluindo 733 mil toneladas recolhidas seletivamente (vidro, papel/cartão, plástico, metal, madeira e pilhas).
• Mais de 241.000 MWh de energia elétrica renovável produzida a partir da valorização de biogás — energia suficiente para abastecer cerca de 63.500 casas durante um ano.
• Mais de 59.300 toneladas de composto orgânico Nutriverde produzidas, suficientes para fertilizar uma área superior a 5.930 hectares de terrenos agrícolas ou cobrir o relvado de mais de 8300 campos de futebol oficiais. 
• Mais de 717.000 toneladas de embalagens recolhidas (vidro, papel/cartão, plástico e metal), sendo 265 mil toneladas de papel/cartão reciclado, o que evitou o abate de mais de 4,5 milhões de árvores; mais de 141 mil toneladas de plástico reciclado, evitando o consumo de mais de 204 milhões de litros de petróleo (graças ao plástico reciclado); mais de 309 mil toneladas de vidro reciclado, o equivalente a poupar mais de 370 mil toneladas de matérias-primas naturais , como areia, calcário e a soda e mais de 100 mil participantes em ações de educação e sensibilização ambiental, envolvendo escolas, empresas e cidadãos.

Estação de transferência - Faro - Loulé - Olhão

Com cerca de 550 colaboradores, a empresa diz que tem apostado na inovação e na educação ambiental como pilares estratégicos. Apesar dos desafios associados ao crescimento da população e à pressão sobre infraestruturas que hoje carecem de expansão e modernização, a empresa regista que tem investido em soluções tecnológicas e operacionais para responder com eficácia às necessidades atuais e futuras da região, destacando a aposta em Inteligência Artificial para otimizar serviços (como a colocação ótima de ecopontos), a modernização progressiva das unidades existentes e a planificação de investimentos estruturais, além de projetos de educação e sensibilização ambiental, com milhares de ações junto da comunidade escolar, empresas e população em geral, promovendo comportamentos mais sustentáveis e conscientes.

O mais recente exemplo da aposta em inovação, aponta para o desenvolvimento de uma ferramenta de Inteligência Artificial (IA) para otimizar a localização de ecopontos, em parceria com a start-up NILG.AI. Este projeto valeu à Algar o prémio "Data Changemaker of the Year", atribuído pela DSPA (Data Science Portuguese Association) e pela NOVA SBE.

A ferramenta — atualmente em projeto-piloto no Município de Lagoa, no âmbito do programa Re-Source 3.0 da Sociedade Ponto Verde — permite à empresa reduzir em 83% o tempo de decisão sobre novos locais para ecopontos, passando de doze dias para apenas dois. Com base em algoritmos de IA que analisam fatores como densidade populacional e acessibilidades, o sistema já identificou 14 potenciais novas localizações em apenas quatro horas, com uma taxa de aprovação inicial de 68%.

Esta inovação responde diretamente ao desafio de duplicar os ecopontos para cumprir as metas do PERSU2030, contribuindo para uma gestão de resíduos mais eficaz, acessível e alinhada com os objetivos europeus de reciclagem.

Num contexto de alterações climáticas, escassez de recursos e crescimento populacional, a empresa assume que pretende continuar "a liderar a mudança na região" para um modelo de economia circular e baixo carbono, conclui a nota.