Distonia

 
A Distonia afeta 5.000 portugueses, mas ainda é pouco conhecida.

 
Trata-se de uma doença do movimento e, segundo o professor de neurologia, Hector A. Gonzalez-Usigli, “a distonia é caracterizada por contrações musculares involuntárias de longa duração (contínua) que podem forçar as pessoas a posições anormais, por exemplo, fazendo com que todo o corpo, o tronco, os membros ou o pescoço se torçam”.
 
O mesmo especialista norte-americano acrescenta que, “a doença pode ser resultante de uma mutação genética, uma doença ou um medicamento”.
 
Nesta condição, os músculos na parte afetada do corpo contraem-se, distorcendo a posição habitual.
 
O diagnóstico é estabelecido em função dos sintomas e nos resultados do exame físico.
 
Se possível, a causa é corrigida, mas caso não seja, os medicamentos como sedativos moderados, podem ajudar a aliviar os sintomas.
 
Causas:
 
No que se refere às causas, a distonia parece ser uma hiperatividade em várias zonas do cérebro – nos gânglios basais, no tálamo, no cerebelo e no córtex cerebral.
 
Localizando os gânglios basais.
 
Os gânglios basais são um conjunto de células nervosas localizadas profundamente no cérebro e ajudam a suavizar os movimentos musculares e coordenam as mudanças de postura.
 
Neste sentido, a distonia pode resultar de uma alteração genética que altere a correta função destas células. Ao mesmo tempo, pode resultar da ingestão de alguns medicamentos e ser uma consequência de AVC, Esclerose Múltipla ou Paralesia Cerebral.
 
As distonias podem afetar uma parte do corpo (distonias focais), duas ou mais partes do corpo que estão próximas uma da outra (distonias segmentares), duas ou mais partes que não estão próximas uma da outra (distonias multifocais), o tronco e mais duas partes diferentes do corpo (distonias generalizadas).
 
Diagnóstico:
 
Os médicos geralmente diagnosticam as distonias com base nos sintomas e nos resultados do exame físico.
 
Se os médicos suspeitarem que uma doença está a causar distonia, podem realizar testes para identificar a causa, como uma tomografia computadorizada (TC) ou uma imagem por ressonância magnética (IRM).
 
Tratamento:
 
Algumas vezes, a  estimulação profunda do cérebro pode ajudar a corrigir a distonia, tal como a fisioterapia se apresenta como uma forte aliada e alguns medicamentos.