Fibromialgia

O termo Fibromialgia deriva do latim fibro que significa tecido fibroso: tendões e fáscias e do grego mio interpretado por tecido muscular, sendo reconhecido desde meados do séc.XIX e tendo conhecido outras designações, tais como: fibrosite, dor muscular crónica, reumatismo psicogénico, mialgia por tensão e também confundida com sintomas de somatização.

 
Trata-se de uma síndrome dolorosa não-inflamatória, que se carateriza por dores musculares difusas, fadiga, cansaço e dor em pontos dolorosos específicos sob pressão. 
 
De um modo geral, estas dores podem afetar várias partes do corpo, sobretudo as de maior sensibilidade. 
 
A ciência classifica-a como um dos tipos de Reumatismos Extra-articulares, dos quais fazem parte as tendinites (tendinoses), as mialgias (dores musculares em geral), síndromes do túnel do carpo e tarso, bursites não infeciosas, entre outras. 
 
A fibromialgia não acomete as articulações, como acontece noutros reumatismos e afeta essencialmente as áreas moles. 
 
Causas: 
 
Após os muitos estudos levados a cabo para compreender as causas desta patologia, os investigadores têm sido unânimes em concordar que, existem evidências de que esta síndrome seja causada por lesões musculares que permanecem no corpo de alguns indivíduos, que provocam dores generalizadas nos músculos, ligamentos, tendões e fáscias, ou seja, no tipo de tecido fibroso que envolve todas as estruturas do corpo. 
 
Também as lesões músculo-esqueléticas que se acumulam com o decorrer do tempo, os traumatismos provocados por quedas, esforços exagerados, acidentes, podem estar associados ao surgimento desta doença. 
 
Ao mesmo tempo, a ciência conseguiu comprovar que se tratava de um mito associar a Fibromialgia a problemas psicológicos ou a sugestões do paciente. 
 
No entanto, a comunidade científica reforça a ideia de que, as crises decorrentes desta doença podem ser agravadas com estados de tensão emocional que se representam em termos físicos. A contenção provocada pelo estado de tensão emocional, pode agravar ou mesmo fazer desencadear crises de Fibriomialgia. 
 
Mas desencadear a crise, não significa ser a causa da síndrome, apenas um agente desencadeador de crises. 
 
Sintomas: 
 
As dores da fibromialgia podem variar de níveis de intensidade dependendo de pessoa para pessoa e mediante o estágio de desenvolvimento em que a doença se encontre. Os mesmos sinais podem variar nos momentos de crise, com as condições climáticas, o equilíbrio hormonal, com o estado emocional, entre outros fatores. 
 
A variação das dores pode acontecer desde a simples sensação dolorosa, até vários níveis que chegam a ser insuportáveis ao toque, aos movimentos e até no estado de repouso, dando uma sensação generalizada de desconforto ao paciente. 
 
A sua recorrência pode ocorrer de forma diferente mediante os meses, os dias e até chegar ao ponto de se manifestar de uma forma permanente. 
Segundo os relatos de pacientes, as dores podem não assumir as mesmas proporções em todas as áreas do corpo, alterando-se entre si e permitindo queixas distintas. 
 
Muitas pessoas registam alterações qualitativas e quantitativas do sono, tal como distúrbios, fadiga, cefaleias, alterações cognitivas, tais como problemas de memória ou concentração, depressão, irritabilidade, entre outros fatores já descritos e associados à síndrome. 
 
Descrição: 
 
A fibromialgia é um acometimento musculo-esquelético não articular, cujos critérios de diagnóstico foram estabelecidos pelo Colégio Americano de Reumatologia (CAR) em 1990. Desde essa época, esses procedimentos foram adotados pela comunidade científica no mundo ocidental muito embora a Fibromialgia não possua um método de diagnóstico direto, o que faz com que a mesma seja diagnosticada através da exclusão de outras doenças. 
 
Doença limitativa da qualidade de vida: 
 
A Fibromialgia provoca muito sofrimento para os seus portadores, muito embora não coloque em causa a vida do paciente. Os seus portadores acabam por, mediante a fase de evolução da doença, se sentirem desconfortáveis e com dificuldade em tolerar esses efeitos, o que incentiva o recurso a medicamentos para reduzir as dores e, consequentemente a terem de tolerar os seus efeitos secundários. 
 
Prevenção: 
 
Como em todas as patologias, o melhor tratamento é sempre a prevenção, neste caso, o desejável é que o paciente evite tomar medicamentos em excesso e que tente procurar formas mais naturais de controlar as dores como sendo algum tipo de exercício de relaxamento prescrito por um especialista, entre outras opções que reduzam o consumo medicamentoso. 
 
Grupos de risco: 
 
De acordo com os dados disponíveis, as mulheres são mais vulneráveis à doença do que os homens. 
A idade predominante do aparecimento dos sintomas oscila entre os 20 e os 50 anos, muito embora possam ocorrer casos em faixas-etárias acima e abaixo destas idades de referência. 
 
Tratamento: 
 
O tratamento da fibromialgia inclui medicamentos e medidas de assistência fisioterapêutica. Por ser uma doença idiopática, ou seja de causa ainda desconhecida, a principal preocupação do profissional de saúde recai na tentativa de reduzir a dor e de melhorar a qualidade de vida do paciente dentro dos quadros possíveis. Pode acontecer que o especialista prescreva exercícios de relaxamento, bem como outros tipos de apoio, como sendo a fisioterapia em momentos mais dolorosos. 
 
De referir que muitos especialistas podem adotar a prescrição de antidepressivos tendo em vista a sensação de ralaxamento que oferecem, bem como analgésicos e relaxantes musculares, em regra acompanhados de exercício moderado e individualizado. 
 
Entenda este artigo como meramente informativo e um ponto de partida para procurar um especialista que, de todo será o profissional mais indicado para comprovar ou despistar eventuais sintomas. Utilize este espaço como um despertar e uma forma de melhorar a qualidade de vida estando mais atento à sua saúde.