Perante este cenário, e face à proximidade da época balnear, (1 de junho), está prevista uma intervenção urgente de reforço sedimentar, decidida em articulação entre a APA e o Município de Olhão.
Segundo explica a APA, a operação prevê a movimentação de areias a partir da zona próxima da barra, com transporte e deposição ao longo da frente de praia. "De forma excecional, e tendo em conta as limitações atuais, o número de apoios balneares será reduzido nesta época balnear", confirma a entidade.
Serão repostos cerca de 40.000 m³ de areia, "assegurando as condições mínimas para a utilização balnear da praia", num investimento total de 300 mil euros, integralmente suportados pela APA, enquanto a execução dos trabalhos ficará a cargo do Município de Olhão, nos termos do protocolo celebrado hoje entre as duas entidades.
O início da intervenção está previsto arrancar durante o mês de maio, sendo que, durante a execução de todos os trabalhos, será assegurada a proteção da zona dunar e a salvaguarda das espécies existentes, sob acompanhamento técnico da APA.
Para além deste reforço sedimentar, está também prevista uma intervenção estrutural de maior dimensão, no âmbito da proposta de Plano Plurianual de Dragagens para os Portos do Algarve 2024-2026, elaborada pela Direção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos (DGRM).
A APA considerou "determinante e prioritário" o reforço da Praia da Fuzeta-Mar com cerca de 150.000 m³ de areia, a dragar no canal e na barra da Fuzeta, com o objetivo de aumentar em 30 metros a largura da praia emersa.
Para o efeito, encontra-se em fase final a celebração de um acordo entre a DGRM e a APA, que permitirá avançar com o lançamento de concurso público internacional para a realização da empreitada de dragagem e repulsão, cuja execução está prevista para este trimestre.
A operação tem um custo estimado de 924 mil euros (IVA incluído) e um prazo de execução de 4 meses, "permitindo não só um reforço sedimentar de grande escala na Praia da Fuzeta-Mar / Ilha da Armona, como também uma redução significativa de meios e custos, que de outra forma seriam necessários", esclarece a APA, reforçando que esta intervenção foi sujeita a Avaliação de Incidências Ambientais, uma vez que se localiza no Parque Natural da Ria Formosa, tendo obtido parecer favorável condicionado por parte do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF).