Em declarações à agência Lusa, a porta-voz da empresa, Teresa Fernandes, afirmou que a precipitação “muito significativa” do inverno permitiu armazenar água nas três albufeiras que servem o abastecimento público que é suficiente para três anos.
“Para consumo humano, e mesmo que não chova, as nossas estimativas são as de que as reservas atuais possam garantir o fornecimento em qualidade e segurança”, referiu aquela responsável.
De acordo com a porta-voz da empresa que gere o sistema multimunicipal de abastecimento de água no Algarve, a estimativa “é feita com base na média anual do consumo dos últimos anos, que é de cerca de 72 milhões de metros cúbicos”.
Teresa Fernandes indicou que a albufeira de Odelouca, a maior do Algarve, situada no barlavento (oeste), registava na passada sexta-feira um volume útil de 90%, ou seja 114,94 hectómetros cúbicos (hm3).
Já no sotavento, no leste do Algarve, a albufeira de Odeleite tem um volume útil de 105,12 hm3 (97%) e a do Beliche 39,35 hm3 (92%), apontou.
No entanto, apesar do encaixe positivo de água devido à pluviosidade do último inverno, a responsável apelou à poupança de água, já que nos próximos invernos pode voltar a cair pouca chuva na região, como sucedeu nos anos anteriores.
“Embora tenhamos mais água armazenada nas albufeiras, é importante que se faça um consumo eficiente e responsável deste recurso hídrico”, notou.
De acordo com dados da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), o volume total armazenado nas seis principais albufeiras da região atingiu em abril 395 hectómetros cúbicos (hm3), correspondendo a 90% da capacidade total.
No barlavento, albufeiras que abastecem a agricultura e o golfe, a barragem do Arade tem 72% (20,32 hm3) da sua capacidade útil, a da Bravura 60% (20,90 hm3) e a do Funcho 84% (39,88 hm3).
Segundo a APA, face ao período homólogo de 2024 registou-se um aumento de cerca de 199 hm3 de água armazenada: 84 hm3 no Sotavento (correspondente a 43%) e 112 hm3 no Barlavento (correspondente a 57%).
Lusa